O Grupo Pela Preservação da Serra da Argemela denuncia novo pedido para exploração da serra. Segundo comunicado do grupo, a PANNN – Consultores de Geociências, Lda submeteu em novembro de 2018 um pedido de exploração experimental para exploração de minerais de lítio, estanho, volfrâmio entre outros minerais.
Trata-se de um pedido para uma área de 7,8 ha, dentro do perímetro de 403,71ha da área que se reporta ao primeiro pedido de concessão de exploração mineira datado em fevereiro de 2017, e por um período de 5 anos. O primeiro requerimento aguarda ainda o envio do Estudo de Impacte Ambiental.
O grupo afirma que “tanto o primeiro como o segundo pedido pretendem realizar explorações a céu aberto”, e alerta que “as populações afetadas e os seus representantes, nomeadamente as Juntas de Freguesia, não tiveram qualquer conhecimento do pedido aqui em causa”. Para o grupo que defende a Serra da Argemela, esta nova situação está a ser vista com muita preocupação, atendendo a que a exploração em causa possui área inferior aos limiares de sujeição a procedimento prévio de Estudo de Impacte Ambiental.
Nesta perspetiva, o grupo receia que a singularidade da localização da Argemela entre os concelhos da Covilhã e do Fundão, a sua proximidade com várias aldeias, a cota a que se pretende fazer a exploração ser superior à generalidade das povoações dos dois concelhos, e o facto, entre outros, de ser uma zona ventosa, sejam fatores a não considerar na análise do pedido de concessão.
O Grupo Pela Preservação da Serra da Argemela afirma que “tudo fará para garantir que nenhum dos pedidos avance pelo facto de os mesmos representarem, como defendido desde o início da luta, um atentado contra as populações dos concelhos da Covilhã e do Fundão, contra o rio Zêzere, contra a estrutura arqueológica do Castro da Argemela (em vias de classificação), contra todas as valências da Serra da Argemela e da região nas quais o impacto negativo é constantemente sonegado”.