Santana admite afastar Carlos Pinto do Aliança

O presidente da Aliança, Pedro Santana Lopes, admitiu ontem o afastamento do vice-presidente do partido Carlos Pinto, acusado de peculato e prevaricação, mas disse ser preciso ouvir o antigo autarca da Covilhã antes de tomar uma decisão.

Confrontado com as acusações trazidas a público no último fim-de-semana, Santana Lopes sublinhou que “quem seja objeto de acusações dos órgãos competentes em matérias ligadas ao exercício de funções, e que tenha que ver com responsabilização em matéria também financeira, não deve exercer funções políticas”, acrescentando que “fui muito claro sobre isso no congresso” fundador do partido, assinalando que para a Aliança esta é “uma questão de princípio, de facto, sagrada”.


O líder da Aliança considerou que esse entendimento se aplica “quando há acusação”, acrescentando que “uma pessoa ser arguida é diferente, isso não implica nenhuma acusação”. Ainda assim, sustentou que “quando uma pessoa já está acusada, ou há uma sentença sobre um processo, mesmo que tenha recurso”, essa pessoa “não deve estar a exercer funções políticas, pelas mais variadas razões”. Apontando que “aqui não há acusações de corrupção”, Pedro Santana Lopes declarou que, “de qualquer maneira, quando estão envolvidas acusações em relação a possíveis crimes no exercício de funções políticas”, a atitude a tomar “tem de ser clara”. “Só que a Aliança não quer tomar nenhuma posição definitiva sem ouvir e saber se o próprio o quer fazer” afirmando que irão aguardar uma vez que, Carlos Pinto se encontra fora do país, em Roma.

Foto: Jornal Público