Taxas moderadoras impediram 2 milhões de consultas em 2017 acusa BE

Acabar com as parcerias público-privadas na saúde e promover a separação entre os dois setores, acabar com as taxas moderadoras e promover a exclusividade no Serviço Nacional de Saúde (SNS), são as principais alterações que o Bloco de Esquerda quer introduzir na lei de bases da saúde e que foram o mote para visita de Moisés Ferreira, deputado daquele partido à região.

O parlamentar considera que “os principais problemas do SNS” residem na lei de bases vigente, desde logo “com o financiamento público aos privados”, “algo que tem que acabar”. Para o Bloco é fundamental “uma separação entre os setores”, com o estado a investir “em hospitais e centros de saúde públicos”, fazendo “complementaridade com o privado” só quando “não houver resposta”, afirmou Moisés Ferreira denunciando que nesta altura se assiste “ao investimento no privado depauperando o público”.


As taxas moderadoras estão também na mira do Bloco que propõe que terminem “nas portas de entrada do sistema”, ou seja, “centros de saúde e urgências” e em todos os “atos prescritos por um profissional de saúde”. Para o partido, em muitos casos, as taxas moderadoras são “impostos encapuçados”, impeditivos de muitos terem “acesso a consultas”. O deputado afirma que em 2017 ficaram “por realizar cerca de 2 milhões de consultas”, o que considera uma “enormidade”. Outra das alterações propostas prevê a “exclusividade no Serviço Nacional de Saúde”, com a criação de carreiras para todos os profissionais. Para o interior defendem a “criação de incentivos” para a fixação de mais médicos.

Já ao final do dia, e do périplo pelo distrito, Moisés Ferreira, esteve na Covilhã, na sede do Bloco, onde explicou as alterações propostas, numa palestra promovida pelo núcleo concelhio do partido.