“Nunca é demais chamar a atenção para o património”

“Nunca é demais chamar a atenção para o património”, é desta forma que Rita Salvado, diretora do Museu dos Lanifícios da UBI, encara as celebrações do Dia internacional dos Monumentos e Sítios, que na passada quinta-feira se assinalou.

Para a responsável “este é um dia muito especial”, em que, fundamentalmente, chamam a atenção “para o espaço icónico da Covilhã, que é o museu”, com o objetivo de “levar o público a refletir sobre o que vê”. Afirma que é importante que os visitantes “olhando para o que se fazia há 250 anos”, se questionem sobre as técnicas utilizadas nomeadamente “a utilização de pigmentos naturais ou técnicas tintureiras amigas do ambiente”, reforça.


Para a responsável, este é um dia “importante”. Nunca é demais “chamar a atenção para o património, aprender com ele e ajudar a preserva-lo”, reforça a diretora do museu.

Um dia em que o Museu de Lanifícios esteve de portas abertas, com entradas e visitas guiadas grátis e, apesar da grande adesão, Rita Salvado afirma que “fica sempre aquém do que gostaria”, uma vez que “visitar o museu é sempre uma surpresa, até mesmo para os covilhanenses”. Para a diretora é também “uma oportunidade de rever o passado e reviver memórias”.

Para além das exposições permanentes, nos vários núcleos do museu, nesta altura pode visitar, até 26 de maio, na Galeria da Real Fábrica Veiga, a exposição temporária “Sana Vinculum ou o vínculo que soa, o vínculo que preenche o ar em volta”, de Ana Rita de Albuquerque, artista têxtil, natural da Covilhã, especialista em fibras e Maker, detentora da marca AKA VOLUMEAtelier. Nesta mostra, a lã é o material privilegiado para a criação de esculturas contemporâneas. Para Rita Salvado é “interessante que artistas chamem a tenção para a lã e a trabalhem”. Num local como o Museu, em que “se homenageia e preserva o conhecimento relacionado com os processos industriais, faz todo o sentido ir ao encontro de uma comunidade que gosta de trabalhar a lã de uma outra forma” refere.