O emprego na região “não está a crescer de forma sustentada e o seu crescimento não é estrutural” alerta Luís Garra, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco. O sindicalista afirma que, “qualquer ligeira oscilação de outros fatores faz descer a taxa de emprego”, o que “é preocupante”.
Garra salienta ainda que a diminuição, “ligeira”, da taxa de desemprego se deve “a dois fatores perversos”, a emigração e a reforma antecipada, “muitas vezes com altas penalizações”, frisou.
A “saída dos jovens da região”, mão-de-obra “altamente qualificada que faz”, é outra das realidades negativa no distrito, apontada por Luís Garra realçando que “o desemprego estrutural que fica, tem que ser tratado”, alertando que “a precariedade continua elevada e está em crescimento”.
O sindicalista falava na Covilhã durante uma sessão evocativa da Constituição da República e considerou que “este direito fundamental”, o emprego, é um dos que maiores atropelos tem sofrido ao longo dos 43 anos de vigência da Constituição. Relembrou, que apesar das revisões efetuadas, a Constituição Portuguesa manteve, “no fundamental, a consagração do direito ao emprego e emprego com direitos”, acrescentando que tal só se consegue “quando se governar com vista ao pleno emprego”.