CMC: Reunião passa para amanhã “em nome dos superiores interesses dos covilhanenses”

Por ter “mais respeito pela oposição do que a oposição tem pela maioria” e por estarem em causa assuntos “de extrema importância para o concelho”, que não podem ser adiados “ao sabor dos caprichos dos senhores vereadores da oposição”, Vítor Pereira, presidente do município, considerou sem efeito a reunião extraordinária da Câmara Municipal da Covilhã de ontem à tarde e agendou nova reunião para amanhã, quinta-feira, às 09:30 da manhã.

Na comunicação que fez aos jornalistas e que ditou para a ata durante a reunião, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã reitera que todas as reuniões foram convocadas dentro dos prazos legais. Reconheceu uma vez mais o lapso dos serviços no envio da documentação para a reunião marcada para dia 24, que levou ao seu adiamento para dia 25, um processo que cumpriu todos os preceitos legais, contrariamente ao que afirmaram os vereadores da oposição.


Vítor Pereira explica na comunicação que “o adiamento tem que ser comunicado com 3 dias de antecedência, seguidos”, o que cumpriu. Já sobre a forma explicou que “o regimento da C.M.C. (artigo 5º, nº 1) dispensa o protocolo e estipula que o mesmo é feito para o endereço eletrónico, aliás como é prática corrente há mais de 10 anos a esta parte”, frisou.

O autarca explica ainda que ao vereador do CDS foi feito um “pedido de desculpa”, pelos funcionários da autarquia pelo lapso no envio de documentos com apenas um dia útil para análise e não os dois dias legais para o efeito. Foi alterada a data da reunião para que “tivesse o dia útil que reclamava”, refere ainda o edil que considera “inacreditável” que este tenha “seguido as pegadas do vereador do movimento De Novo Covilhã e não tenha comparecido à reunião”.

Face a esta situação, e “apesar de estar seguro da legalidade”, a reunião só não se realizou porque “tem mais respeito pela oposição do que esta tem pela maioria”, e decidiu nova reunião “para ouvir as críticas que tenham a fazer” sobre os temas em agenda, que “são de importantes e que não podem arrastar-se por caprichos, vontades, má-fé e má vontade da oposição”.

Vítor Pereira conclui que com esta situação “fica bem patente quem quer fazer e realizar e quem quer evitar que se faça e realize o bem em defesa do concelho”, concluindo que “em política não vale tudo”.

Recordar que entre outros assuntos na ordem de trabalhos consta a descentralização na área da saúde e educação, o tarifário da água para 2019 e as contas consolidadas do grupo Município da Covilhã de 2018.