Com o voto contra do CDS-PP o executivo da Covilhã aprovou o orçamento para 2020 no valor de 47,1 milhões, o que significa uma aumento de mais de quatro milhões em relação ao ano passado. Um orçamento do “poucochinho e sem ambição”, diz o CDS. A maioria responde que é “ambicioso, adaptado à realidade e virado para o investimento”.
Os documentos mereceram o chumbo do CDS por ser “o orçamento do poucochinho” e de “gestão da decadência do concelho”, disse Adolfo Mesquita Nunes, único elemento da oposição que compareceu na sessão de câmara.
O centrista afirma que o incremento de verbas em relação ao ano passado, “só tem que ver com a delegação de competências” e não com “investimento”.
Adolfo Mesquita Nunes especifica que o “orçamento não estrutura nada de inovador para o concelho” nem apresenta “nenhum instrumento radical que possa ajudar à captação de investimento e emprego”.
Dá como exemplos “ a ausência de uma agência de captação de investimento” e a falta de “revisão de licenciamentos” e ausência de uma “política de taxas para captar investimento” e por isso “não passa de um orçamento de gestão da decadência do concelho”.
O vereador centrista acusa ainda a gestão socialista da autarquia de “ter um enorme peso na contratação de pessoas”, afirmando que “as despesas com pessoal representam metade das despesas correntes” o que não é “saudável”, afirmou aos jornalistas.
Uma crítica que foi prontamente rejeitada pelo presidente da Câmara, Vítor Pereira, afirmando que “é uma falácia”. O autarca explica o aumento dessa despesa com “o assumir de competências na área da educação e Saúde”, frisando que a Câmara da Covilhã “em proporção, é das que tem menos funcionários do país”.
Para Vítor Pereira este é um orçamento “virado para o investimento”. É um documento “ambicioso, realista, prudente e adaptado à realidade”. Para o autarca, não se podem orçamentar “100 milhões e executar 20%”, realçando que o executivo que lidera “não vive de grandezas e não vende ilusões”
O edil garantiu que o orçamento tem um incremento de “cerca de 1,5 milhões em investimento”, para dar melhor qualidade de vida a quem cá vive e “potenciar a atratibilidade” para quem aqui se queira fixar, com apostas em áreas como a Educação, Saúde e Turismo, Cultura e Ação Social.
Outra das apostas para o próximo ano, segundo o presidente da câmara é na “melhoria das vias de comunicação rodoviárias”, de que é “exemplo simbólico” a inscrição da estrada do Porcim, para mostrar que “o interior do concelho tem que ser valorizado”.
O orçamento demonstra ainda a concretização de obras que já estão em curso como os centros de Inovação Cultural, Social e de Incubação Empresarial, os circuitos pedestres e de BTT e a rede de miradouros.
O orçamento foi aprovado pela maioria socialista na Câmara Municipal, segue agora para discussão e votação na Assembleia Municipal da Covilhã.