Mais camas, mais ação social e estratégia para fixar jovens licenciados na UBI, foram as principais reivindicações de Afonso Gomes, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior, AAUBI, no seu último discurso enquanto presidente daquela instituição.
Foi esta quarta-feira, na abertura solene do ano académico. Afonso Gomes, que não se recandidata ao cargo, afirmou que as camas disponíveis na cidade não acompanham o aumento do número de alunos, frisando que “têm um aumento residual” e mostrou “preocupação” com a solução apresentada pela UBI, a construção de uma residência através de uma parceria público/privada, reivindicando medidas da universidade para que “os estudantes sejam sempre beneficiados”, referindo-se aos interesses imobiliários.
Afonso Gomes também deixou um apelo nacional para o reforço da ação social, para que “o ensino superior seja para todos”. Na região defendeu que “é necessário criar estratégias concretas para a fixação dos jovens licenciados na Beira Interior”.
O dirigente deixou “as mesmas recomendações que fez no início do seu mandato, “a criação de uma bolsa de arrendamento para recém-licenciados” e protocolos com empresas “para garantir que a mão-de-obra qualificada permaneça na região”, frisou.
Afonso Gomes chamou ainda a atenção para alguns serviços que têm sido privatizados na UBI e que têm sido alvo de queixas dos estudantes, nomeadamente “a falta de diversidade das refeições oferecidas nalguns espaços e a relação qualidade/preço”.