Chuva e vento provocam incidentes “dos mais graves de que há memória”

A chuva e vento foram a causa, entre quinta-feira e domingo, “dos mais graves incidentes de que há memória” provocados por estes agentes, disse à Rádio Covilhã, José Armando Serra dos Reis, vereador com o pelouro da proteção civil no município.

A conclusão foi avançada após a reunião desta segunda-feira, que envolveu também o comandante operacional municipal e o comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã. Segundo Serra dos Reis, as várias instâncias da proteção civil registaram mais de 100 ocorrências, vincando que “só os Bombeiros Voluntários da Covilhã assinalaram 64”, estiveram envolvidos 50 operacionais dos bombeiros a que se juntaram as restantes forças como a GNR e PSP. De prontidão, refere ainda Serra dos Reis, estiveram as Juntas de Freguesia, para fazer face “a quatro dias de muito caos” salientou.

Quanto a prejuízos há a registar 3 viaturas destruídas, que resultam dos episódios mais graves deste período, uma no desmoronamento de uma casa devoluta na Zona do Calvário e duas na queda de um muro na Rua da Tapada.

Os danos verificaram-se um pouco por todo o concelho, disse ainda o vereador. Na cidade “houve chapas que se soltaram de um edifício” e que provocaram danos. A queda de um muro nas escadas da Boavista, “também provocou danos avultados” avança o vereador. No balanço refere que “em Unhais da Serra a queda de um muro provocou o corte do acesso ao denominado caminho velho. Na estrada Teixoso/Sarzedo ruíram vários muros que levaram ao corte da estrada, uma situação já reposta”.
Em todo o concelho “verificou-se a queda de mais de 10 árvores”.

Houve ainda diversas “ribeiras que saíram dos seus leitos colocando em risco pontes e pontões”. A iluminação pública e semáforos também foi afetada. Neste campo “a situação mais grave viveu-se em Casegas que ficou sem eletricidade” relatou Serra dos Reis.

À Rádio Covilhã chegou ainda a denúncia de que estaria em risco a ponte sobre a ribeira do Porcim, na estrada que liga São Jorge da Beira a Casegas, “devido à não retirada do estanque, que fazem no Verão para armazenar água de apoio a incêndios florestais”, dizia a denúncia. Uma situação que a proteção civil municipal “está a acompanhar”, esclareceu o vereador, referindo que “nunca existiu perigo para a ponte, mas sim para os muros nas margens da ribeira que apresentam alguns danos”. Frisa que “já foi feito um relatório de segurança e toda a situação está controlada e vigiada”.