A Plataforma P’la Reposição das SCUTs recebeu do Governo a garantia de que haverá redução nas portagens nas “antigas vias sem custos para o utilizador” já em 2020, anunciou a plataforma em conferência de imprensa, onde apresentou as conclusões da reunião que o organismo manteve com a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, e Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, na segunda-feira ao início da noite.
No encontro com os jornalistas, esta manhã, Luís Garra, Coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco, afirmou que na reunião foi assegurado que “o Ministério da Coesão Territorial e o das Infraestruturas estão a trabalhar em vários cenários e todos apontam para uma redução das portagens” vincando que “em 2020 haverá já uma redução” e que “serão estudadas, ano a ano, soluções para continuar este processo”.
Já antes deste anúncio, José Gameiro da Associação Empresarial da Beira Baixa, tinha classificado a reunião “interessante”, destacando que “terá frutos num período curto de tempo”. Para José Gameiro é importante salientar que “estiveram reunidos com a plataforma três ministérios diferentes” o que mostra “um interesse acrescido do governo para atender às nossas reivindicações”, frisou.
Sem prazos nem quantificação concreta da redução, os vários elementos da plataforma mostraram a convicção que na Audição Parlamentar da Ministra da Coesão Territorial, no âmbito do debate na especialidade do Orçamento do Estado, esta sexta-feira, possa haver o anúncio de dados mais concretos. Luís Garra afirmou que “as soluções podem ser apresentadas mais depressa do que aquilo que possamos imaginar”.
Recordando que ainda há um mês a plataforma apresentou como proposta a abolição para residentes e redução de 50% para restantes utentes, receberam como resposta que “medidas discriminatórias não são bem vistas pela União Europeia”, logo espera-se que a redução seja para todos, vincando, no entanto, que a Plataforma “defende a abolição”, admitindo que esta seja “progressiva, faseada e quantificada”.
Os vários elementos que integram a Plataforma pela Reposição das SCUTs mostraram-se satisfeitos “pela mudança de comportamento deste governo” evidenciada na reunião. Luís Veiga, do Movimento de Empresários pela Subsistência do Interior destaca a posição de Ana Abrunhosa que “apontou como primeira medida para o interior a resolução do principal custo de contexto no território, as portagens”, o que coincide com o discurso da Plataforma.
Embora sem garantias concretas, a plataforma mostrou-se convicta que a redução já em 2020 é uma realidade, a ser anunciada “muito em breve” pelo Governo, vincando, no entanto, que irá continuar “a trabalhar até à abolição”.
A Plataforma de Entendimento para a Reposição das SCUT na A23 e A25 integra sete entidades, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa e a da Região da Guarda, a União de Sindicatos de Castelo Branco e da Guarda, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23 e a da A25 e o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior.