O encerramento da “esmagadora maioria” das escolas do concelho, e da região, são a face mais visível deste dia de greve da administração pública a que se juntaram, entre outras classes profissionais, os professores.
Para o Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC), delegação da Covilhã, este foi “um grande dia de greve”, disse à RCC Dulce Pinheiro. Segundo o sindicato, mais de 90% dos estabelecimentos públicos de educação e ensino estão sem aulas.
Na Covilhã, segundo o SPRC, encerraram as escolas Quinta das Palmeiras, Frei Heitor Pinto, EB do Tortosendo, EB n.º 2 do Paul, EB1 do Dominguiso, J.I. Nº 1 do Dominguiso, J.I. Nº 2 do Dominguiso, EB Pêro da Covilhã, EB de São Domingos, J.I. de Cantar Galo, EB do Teixoso.
As questões salariais estão em cima da mesa neste protesto da Função Pública. “Depois de 10 anos de congelamento, há uma perda de poder de compra na ordem dos 16% e o governo acenar com 0,3% de aumento é uma vergonha” acusa a sindicalista.
“Provocação” é outro dos adjetivos utilizados para classificar a situação, salienta ainda Dulce Pinheiro, recordando que a Função Pública “reclama 90 euros de aumentos salariais para todos”.
Os diferentes sindicatos contestam também a “falta de negociação do governo” que apenas os chamou para reunir dia 10, depois de aprovado o Orçamento do Estado, para comunicar “a sua decisão”, explicou ainda Dulce Pinheiro.
No caso concreto dos professores está também em causa a “recuperação integral do tempo de serviço” e o fim dos chamados “travões no acesso ao 5º e 7º escalão” especifica Dulce Pinheiro.
No caso específico das progressões, explica que “o tempo de serviço recuperado no ano passado fica absorvido pelos “travões ao 5º e 7º escalão” o que é “inadmissível”.
Uma situação diferente do que acontece nos Açores e na Madeira e para os sindicatos não pode “haver um país, um problema e várias formas de o resolver”.