Coro Misto entregou “ovelha” a quem deu a “lã”

Orgulho, alegria e alguma vaidade foram sentimentos que imperaram na celebração dos 30 anos do Coro Misto da Beira Interior, comemorados com a inauguração de uma exposição fotográfica, lançamento de um novo CD e, principalmente, com homenagens aos que “ajudaram a construir a bonita camisola que somos”, disse Luís Cipriano, maestro e presidente da Associação Cultural da Beira Interior, explicando assim o porquê de oferecer “uma ovelha” às sete personalidades distinguidas.

Entre os homenageados estava o antigo primeiro-ministro José Sócrates, “fundamental para a nossa ida à Palestina”, explicou o maestro. O ex-governante enviou um texto escrito onde agradeceu, “sensibilizado”, a lembrança “em especial neste momento”.

Paulo e Marta Oliveira, da empresa Paulo Oliveira, receberam a distinção “pelo apoio que sempre deram” vincou Luís Cipriano. João Magalhães, do Intermarché Covilhã, foi rotulado como “o empresário que mais apoia o projeto Zéthoven”, onde o coro “vai recrutar muitos dos seus elementos”.

Imprescindíveis para a história do coro foram também o antigo Governador Civil, Alçada Rosa, que “nos proporcionou o primeiro concerto no estrangeiro”, disse o maestro e o Padre Martinho que “foi fundamental na ida ao Vaticano”.

Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, “deu-nos a estabilidade que faltava”, frisou Luís Cipriano afirmando que “há um coro antes de Vítor Pereira e outro depois” e especificando que, “coincidência ou não”, até à sua eleição conquistaram três medalhas de ouro e desde então conquistaram 6.

Também a Covilhã “se transformou com este coro”, disse o presidente da Câmara, afirmando que “há uma Covilhã antes e outra depois”. O Coro Misto “catapulta a cidade e o país para o mundo, e temos que ter profundo orgulho nisso”, vincou.

O autarca frisou ainda que recebia a homenagem “em nome de todos os covilhanenses”.

Na cerimónia o coro homenageou ainda os elementos mais antigos que estão nas suas fileiras e aqueles que ainda muito novos vestiram “a camisola”.

A exposição fotográfica, que retrata os 30 anos do grupo, fica patente ao público até final de abril na Biblioteca Municipal da Covilhã.