Estudo do IPG não engloba (diretamente) a Cova da Beira

“É um ato de coragem dos políticos juntarem-se a nós”, disse, à RCC, Joaquim Brigas, o presidente do Instituto Politécnico da Guarda, IPG, entidade que está no terreno a estudar as condições socioeconómicas dos habitantes daquele distrito. Para o dirigente “o objetivo é alertar para as condições que existem no território” e ao mesmo tempo “identificar condições concretas, para que se possa intervir”, vincando que os autarcas que “encomendam” este estudo “demonstram coragem ao querer conhecer a sua realidade” e avançando que se restringe à sua área de influência, o distrito da Guarda.

O gabinete de estudos do Politécnico está no terreno, a realizar inquéritos, em alguns concelhos do distrito da Guarda, e, segundo resultados avançados ontem, um terço da população inquirida “vive em condições indignas”. Um conceito que, esclarece Rute Abreu, coordenadora da unidade de investigação, está “tipificado na lei” e é abrangente, vai desde casos de necessidade, insalubridade e até mesmo inadequação às características ideais de habitação, como ter vãos de escadas ou não ter janelas, vincando que em paralelo surgem “as condições de carência”.

Embora os inquéritos estejam a decorrer no distrito da Guarda, a responsável mostra-se convicta que, “fruto de uma experiência de mais de 20 anos”, e com base em estudos realizados e divulgados pelo próprio Instituto Nacional de Estatística, INE, se pode “generalizar” a um território mais vasto.