Violência doméstica sem aumento de queixas na região

O Gabinete de Apoia à Vítima da Cova da Beira, coordenado pela Coolabora, não registou, contrariamente ao que acontece a nível nacional, um aumento de queixas de violência doméstica, disse, à Rádio Covilhã, Graça Rojão.

Segundo a técnica, “tem sido feito o acompanhamento dos casos já sinalizados”, mas sem dados que “permitam afirmar que há um aumento”, vincou. Uma situação que pode alterar-se “a curto prazo, até porque o confinamento pode estar a colocar pessoas em situação de vulnerabilidade” realçou, explicando que “no mesmo espaço podem estar a conviver agressores e vítimas”, o que “também dificulta a denúncia”.

Para contornar esta dificuldade foram criados “vários mecanismos, a nível local e nacional”, a que as vítimas podem recorrer, disse Graça Rojão. Entre eles “a linha 3060 para onde podem enviar SMS grátis e confidencial”. Existe ainda a linha telefónica 800 202 148 e o novo e-mail de emergência violência.covid@cig.gov.pt.

Na Cova da Beira, o Gabinete de Apoio à Vítima de Violência Doméstica e de Género, realça ainda que tem a funcionar a linha de emergência da Coolabora, 963 603 300, o email apoiovitimacoolabora@gmail.com e os números das forças de segurança. PSP Covilhã (275 320 920), GNR Covilhã (275 320 660), GNR Belmonte (275 910 020) e GNR Fundão (275 759 030).

A nível nacional a violência doméstica aumentou cerca de 50% no mês de março. Na Cova da Beira a rede de parceiros, cerca de 20, “está atenta” e na próxima semana “vai reunir, por videoconferência, com a Secretária de Estado da Cidadania e Igualdade para fazer um ponto de situação” e para se inteirar do que está a ser implementado em “termos de política pública para apoio às vitimas”, finalizou Graça Rojão.