A Associação Portuguesa de Deficientes, APD, considera que, nesta fase de confinamento, as pessoas com deficiência têm sido “pouco referidas nas mensagens e medidas adotadas”, alertando ainda em comunicado que “várias circunstâncias podem ser gravosas para os cidadão com deficiência”.
No documento, enviado à nossa redação pela Delegação Distrital da APD, que tem sede em Cantar-Galo, a agremiação lamenta que “apesar do Ministério da Saúde assegurar a língua gestual nas conferências, as mesmas não têm legendagem para pessoas com deficiência auditiva, e a falta de informação em linguagem fácil adequada a pessoas com deficiência intelectual”.
A ausência de informação sobre a situação vivida nos lares ou residências, por pessoas com grandes deficiências, é outra das preocupações da APD, acrescentando que ”também se desconhecem os moldes em que a assistência pessoal, quer a prestada no âmbito do Movimento de Vida Independente, quer por serviços da segurança social ou das misericórdias, está a ser disponibilizada a pessoas com deficiência que deles dependem para as tarefas de vida diária.”
A APD solicitou informação do Ministério da Educação sobre a acessibilidade do ensino à distância para os alunos com deficiência e “até à data não obteve resposta”, acusa ainda a associação.
A associação vinca que “há a sensação de que as pessoas com deficiência têm sido esquecidas nesta situação de excepção, o que nos parece particularmente gravoso dadas as condições de desigualdade em que essas pessoas sempre se encontram.”