A Misericórdia da Covilhã vai receber visitas “com regras” para “cultivar os afetos tão necessários aos utentes”, disse o provedor à nossa reportagem. Para Neto Freire “as relações familiares e os afetos, embora sem abraços e beijinhos são essenciais”, frisando que “não se vive só do pão e da água”, para os residentes “o contacto com os filhos e netos é vital”, vincou.
De resto, há 15 dias que, aos domingos, na Misericórdia da Covilhã há “visitas sem entrada no lar”. Com marcação, os utentes vão até à galeria do lar, que é toda envidraçada e que permite a visão para o exterior. Os familiares podem, nessa altura, fazer uma chamada telefónica e assim conversar com contacto visual, explicou o dirigente. Uma forma original de “manter ligação entre famílias”, frisou.
Neto Freire explica que nesta nova fase de abertura “todas as diretrizes” emanadas pela Direção-Geral da Saúde serão seguidas à risca”, desde a duração das visitas passando pela marcação prévia. Destaca ainda outras medidas têm já implementadas para os funcionários e que servirão também para visitas. “Haverá um tapete com solução desinfetante” e “serão depois utilizados pezinhos” para que “nada seja transportado para dentro do lar”, referiu.
O uso de máscara será obrigatório, relembra ainda o provedor, avançando que apesar da instituição “ter em stock mais de 5500 máscaras cirúrgicas que comprou e outras que foram doadas”, este é um equipamento fundamental para funcionários e utentes e, por isso, pede que cada visita leve a sua. “Quando o universo é grande, o muito pode tornar-se pouco”, explicou.