A Comissão Política Concelhia do CDS-PP, considerando que a produção de cereja e pêssego “apresentam um peso social e económico relevante na nossa região, representando mais de 50% da produção nacional”, com a cereja a representar um volume de negócios a rondar os 14 milhões de euros e o pêssego próximo dos 6 milhões, vinca, em comunicado, que é “importante encontrar mecanismos legislativos que permitam apoiar e mitigar a quebra de rendimento que todos os que estão direta e indiretamente ligados a estas fileiras”.
A comissão política do CDS recorda no documento que “os estragos relatados” este ano “podem muito bem superar 70% de quebra produtiva” na cereja, o que, sustentam os centristas terá “implicações sociais e económicas para a nossa região, tendo também impacto nacional na ausência de produção comercializável para fazer face à procura interna”.
No documento enviado à Rádio Clube da Covilhã, os centristas frisam que, “após ouvir os produtores locais”, para “conhecer a opinião e expectativas” de quem tem “conhecimento de facto desta matéria”, elencaram as medidas que “preconizam para o sector” e que já remeteram ao Grupo Parlamentar para que sejam apresentadas em plenário.
Como medidas de criação imediata destaque para “especial atenção nas peritagens dos seguros de colheita realizados a estas culturas na campanha de 2020; a criação de uma linha de crédito com juros bonificados e período de carência, com garantias do Estado com limites de montante por hectare de pomar em produção, para os produtores afetados pelas quebras avultadas de produção, que lhes permita cumprir com as suas obrigações diárias como empresários.
Para além desta mediadas o CDS propõe para implementação no futuro a criação de condições para alterar a baixa adesão ao Seguro de Colheita da Cerejeira devido às más condições impostas pelas seguradoras.