Desde o início da crise pandémica, em março, que a Câmara Municipal da Covilhã está a coordenar as ajudas sociais no concelho, na denominada plataforma social, que engloba outras instituições que até aí as realizavam, nomeadamente a Refood, Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira, Conferências Vicentinas e Paróquias.
As listas de pessoas a ajudar foram uniformizadas para evitar duplicações e “desde esse primeiro momento, em que alguns nomes foram retirados, o número de inscritos duplicou”, disse Regina Gouveia, vereadora da ação social no município.
A autarca vinca que “é difícil quantificar o que era antes”, adiantando que “a lista tem cerca de 800 nomes” que beneficiam de ajuda de vária ordem e, com uma periodicidade quase quinzenal, são “entregues cerca de 500 cabazes de alimentos”, tanto a famílias como a casos individuais.
A vereadora salienta ainda o grande movimento de solidariedade que tem acontecido no concelho e que torna possível esta ação, vincando que “há várias instituições que têm promovido recolhas de alimentos”.
A vereadora adianta que “diariamente há alimentos que são recolhidos no Continente Covilhã”, destaca ainda a “ajuda que o Lidl presta ao banco alimentar” e que também é canalizada para estes cabazes, bem como outros donativos de supermercados da região.
Para além da ajuda alimentar, a autarquia está também a ajudar com o pagamento de contas de bens essenciais como água, eletricidade e medicamentos a algumas famílias. Pedidos que chegam habitualmente referenciados pelas conferências vicentinas, juntas de freguesia ou outras entidades, “mas há muitos pedidos que nos chegam diariamente via telefone”, avança ainda a autarca.
Este é o género de ajuda que habitualmente era prestado pelas conferências, que recebiam ajuda da câmara para esse efeito, e que nesta altura foi interrompido sendo agora canalizado para o município. “Uma situação que em breve poderá ser revista”, disse ainda Regina Gouveia, uma vez que “são elas que estão vocacionadas para esta ajuda já que todos os dias estão no terreno”, explicou. Esta é uma ajuda que mensalmente representa cerca de 2 mil euros, adiantou a autarca.
Referir que a grande maioria dos pedidos de ajuda chega de pessoas que, antes desta crise, “tinham trabalhos sem vínculo laboral, nomeadamente empregadas domésticas, que ficaram sem rendimentos”. Há ainda situações de pessoas cujos filhos já tinham alguma autonomia financeira e que, com a crise, regressaram a casa, disse Regina Gouveia.