A Confraria da Cereja de Portugal “congratula-se” com as medidas anunciadas pelo Ministério da Agricultura para minimizar os prejuízos provocados pelas tempestades que se registaram na região e que provocaram uma quebra na produção de entre 80% e 90%.
No entanto, a confraria solicita “a máxima celeridade na concessão dos referidos apoios” de maneira a que os produtores prejudicados possam preparar a próxima campanha”. Há produtores “que terão mesmo dificuldades em sobreviver porque perderam a sua única fonte de rendimento”, explica, apelando a que seja declarado “o estado de calamidade pública”.
Para a confraria é necessário que a questão dos seguros “seja revista, pois é inconcebível que o kg de cereja seja seguro pelo valor de 1,00 €, valor este que nem os custos de produção cobre”, explica no documento. A confraria salienta ainda que outra questão “prende-se com a caução que ronda os 20%, que feitas as contas o segurado vem a receber, quando recebe trocos, quando pagou um prémio altíssimo”. As coberturas anti geada, anti chuva bem como anti granizo “devem ser apoiadas a 75% a fundo perdido”, apela ainda.
No que toca às vendas online, a Confraria que reconhece que estas, bem como os cabazes, “poderão ser formas interessantes de fazer chegar a cereja a casa de consumidores”, mas explica que “vários produtores viram frustradas as suas intenções pois quando o número de encomendas aumenta, não existe no mercado quem consiga satisfazer o leque temporal das encomendas, garantindo que a cereja chegue com a devida qualidade e celeridade a casa do consumidor”.
A Confraria está ainda preocupada com os prejuízos provocados pelos ataques da mosca de asa manchada.