Segundo o último relatório de José Ramos Pires Manso, docente na Universidade da Beira Interior e responsável do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social, que aborda as consequências da Covid-19 no emprego e no desemprego na região da Beira Interior, a pandemia teve um “efeito diminuto pois não foi além de +2% o impacto no desemprego”, descreve.
Em termos concelhios, o concelho de Almeida foi o que viu o desemprego aumentar mais com valores de 32,5%, sendo que na Covilhã o aumento no desemprego foi de 5,5% e em Belmonte de 2,2%. No lado oposto, Oleiros viu o desemprego reduzir em 20,5%. Na Cova da Beira, o único concelho que viu diminuir o desemprego foi o Fundão com um valor de –6,4%.
Em relação aos números absolutos, o concelho da Covilhã continua em segundo lugar no número total de desempregados, seguido de Guarda, Fundão e Seia. Castelo Branco lidera a lista com cerca de 1700 desempregados. Mêda é o concelho da Beira Interior com menos desempregados, tendo reforçado a posição que já detinha no ano passado.
Comparando com abril de 2019, em toda a Beira Interior, o desemprego aumentou apenas 2%, num total de mais 164 pessoas desempregadas.
O docente especifica que a região “desta vez, felizmente, foi poupada pela própria pandemia”.