Ordem dos Médicos: CHUCB é “um exemplo notável de condições de segurança e proteção à Covid-19”

O Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira “é um exemplo notável de condições de segurança e proteção da Covid-19”. Quem o diz é Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos em declarações à RCC após uma visita ao CHUCB com o objetivo perceber o impacto da doença sobre o hospital e como está a decorrer a retoma.

Para justificar o bom exemplo, Carlos Cortes aponta razões como a capacidade do CHUCB de “preparar e reagir a esta crise da Covid-19”. “Soube imediatamente ter um plano de contingência, implementar medidas de proteção para profissionais e utentes”, referiu Carlos Cortes que salientou ainda a criação “de um dispositivo em conjunto com as autarquias e com a universidade para existir uma grande capacidade de diagnóstico”, referindo-se a iniciativas como o Covidrive.

O CHUCB teve “desde muito cedo capacidade para fazer testes e diagnóstico, um sinal importante de uma resposta imediata e de qualidade à Covid-19 o que se traduziu nos números”, frisa o presidente da SRCOM.

Carlos Cortes salientou também que “este nível de preparação” permitiu que o impacto da Covid-19 tivesse muito poucos casos e elogio o facto do CHUCB ter tido “apenas 1 caso de um profissional de saúde que contraiu a infeção noutro país quando na esmagadora maioria dos hospitais há casos de profissionais que foram infetados”.

Em termos de enfermaria e de cuidados intensivos, Carlos Cortes vinca a “boa preparação” com a disponibilidade de 34 camas e 20 ventiladores. “Estavam preparados para dar uma resposta não só à sua área de influência, mas também aos hospitais que porventura tivessem dificuldades”, frisa.

No que toca à retoma da normalidade, Carlos Cortes sublinha que “apesar de ter havido em todos os hospitais uma diminuição da atividade, neste hospital manteve-se um nível muito elevado de consultas”. “Apesar de ter havido uma diminuição, não foi drástica a que se verificou aqui”, reforça o presidente da SRCOM que elogiou ainda a “capacidade de resposta diferenciada” para o tratamento de doentes oncológicos do CHUCB.

Carlos Cortes deixou ainda uma mensagem aos utentes da área de influência: “Não podem deixar de vir às suas consultas, exames e tratamentos” disse, acrescentando que “é pior ficar em casa e não recorrer ao hospital”.