Festival Portas do Sol: Ideia com 10 anos sai da gaveta para trazer variedade à Covilhã

Arranca a 3 de setembro o Festival Portas do Sol, uma ideia pensada “há 10 anos atrás” que é lançada no âmbito do 20º aniversário da ASTA, com núcleo central na Rua que dá nome ao evento, disse Sérgio Novo, diretor artístico da ASTA em conferência de imprensa.

“O que vamos apresentar este ano é o festival possível mas mesmo assim estamos a conseguir muito mais que o necessário”, refere Sérgio Novo, explicando que “este é um festival onde nada pode ser colocado em causa”. “De forma alguma podemos dizer que o festival está aquém, mas queremos que ele cresça e aporte muitas mais áreas”, frisou o diretor artístico.

Sérgio Novo lamenta ainda que não se possa realizar a Feira Cultural ao mesmo tempo, um desafio “lançado à Câmara Municipal da Covilhã e que seria “algo único na nossa região”, face às condições “deste ano atípico”.

O Festival Portas do Sol inicia-se com a exposição “Paradoxo”, da covilhanense Ânia Pais, a ser inaugurada na Galeria António Lopes, Casa dos Magistrados a 3 de setembro. Segundo Regina Gouveia, vereadora da cultura, Ânia Pais é “uma jovem artista, ainda em formação mas um exemplo de talento que o município deve promover”. A exposição será inaugurada no âmbito do Festival mas mantém-se na Galeria António Lopes até outubro.

Rui Pires, diretor do festival, destaca a “variedade de conteúdos, temas e estéticas” entre os 12 espetáculos e 1 conferência que compõe o festival que “vai ter artes, dança, música e teatro”.

Na apresentação do festival Rui Pires destacou um espetáculo de cada dia, sendo que no primeiro escolheu “Por um Fio”, da companhia portuense Erva Daninha, uma sessão de “novo circo que estreou há pouco tempo e que junta técnicas circenses ao teatro” e que se realiza na Praça do Município.

No segundo dia, Rui Pires destaca a apresentação “FINALE” da companhia de Barcelona Del-Revés, que consiste “num bailado clássico com os bailarinos pendurados numa parede lateral da Igreja de Santa Maria”, explica. “A dança é feita na vertical e é um espetáculo que, apesar das dores de cabeça devido a questões técnicas, é algo inovador na Covilhã”, salienta.

Neste dia realiza-se também, no Miradouro Portas do Sol, uma conferência, no âmbito da candidatura da Covilhã a cidade criativa da UNESCA, onde o objetivo será “comunicar a nossa cidade às cidades que já são distinguidas pela UNESCO como cidade criativa”, explica Regina Gouveia. Na sessão vão estar presentes as cidades de Amarante, Barcelos, Idanha-a-Nova, Óbidos e Leiria.

Para o último dia, Rui Pires destaca o Projeto Fiar, que será apresentado às 22h no Largo do Calvário.

O evento está orçamentado em 56 mil euros, referiu ainda Sérgio Novo, valor financiado pelo apoio da Direção Geral das Artes e do protocolo com a Câmara Municipal que prevê um apoio de 30 mil euros anuais.

A lotação dos eventos será limitada, apesar de ainda estar dependente da aprovação do plano de contingência e dos locais e do tipo de espetáculo.