Congresso PS: Vítor Pereira exorta socialistas a serem “exigentes” com o governo

No discurso de encerramento do XIX Congresso da Federação Distrital do PS, que ontem decorreu no auditório da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, o presidente da Federação Distrital do partido, Vítor Pereira, centrou grande parte do seu discurso nas exigências que os socialista deste território, como maior partido autárquico, têm “obrigação” de fazer ao governo, por forma a alcançar a “média nacional de desenvolvimento”.

“O “Novo Tempo” do PS, é o tempo do Interior, para exigir ao partido e ao Governo que aproveite a readaptação que estamos a viver, e que alguns dos muitos milhões de euros de fundos comunitários que estamos à espera, sejam aqui aplicados para que haja um reequilíbrio de desenvolvimento social e económico. Queremos respostas concretas a problemas concretos”, afirmou o presidente da Federação do PS e também presidente da Câmara Municipal da Covilhã.

Vítor Pereira especificou como medida concreta para a região a “diferenciação fiscal para pessoas e empresas”, que considerou fundamental “para ajudar a fixar pessoas”.

A mobilidade é outra das matérias que o líder dos socialistas na região considera prioritárias.

Para Vítor Pereira é importante a “suspensão progressiva da cobrança de portagens na A23 e a valorização comercial da ferrovia”, com um serviço de transportes no eixo Guarda, Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco.

O IC31 e IC6 são outras das exigências, pois são vias consideradas estruturantes para a região.

Vítor Pereira desafiou ainda o governo a “lançar um grande programa nacional de transportes, com autarquias e Comunidades Intermunicipais, para criar uma rede de transportes públicos que sirva a população”.

A educação e a saúde foram outras das áreas focadas no discurso, porque a “atratividade deste território depende da qualidade do ensino e dos serviços de saúde”, defendeu, avançando que o PS “vai bater-se pela manutenção da autonomia da Escola Superior de Idanha-a-Nova”.

A defesa da Regionalização para “desencravar dois terços do país” e a “reconfiguração das duas CIM que espartilham o distrito, a Beira Baixa e a Beiras e Serra da Estrela”, foram outras das ideias apresentadas pelo presidente.

Sobre as autárquicas, o objetivo é “mobilizar os socialistas e os independentes, que no partido encontram espaço para intervenção cívica, para consolidar a influência do PS nos municípios em que já é poder e apresentar os melhores para o conquistar onde ainda não o são”, disse.