O Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil da Beira Baixa, STBB, não tem dúvidas que na empresa Lanifato, em Belmonte, os atropelos aos direitos dos trabalhadores continuam, afirma em comunicado.
No documento, os sindicalistas frisam que “desde sempre o sindicato fez um acompanhamento exaustivo a esta empresa” e verifica que, “os atropelos aos direitos ao longo dos anos têm sido constantes, desde a pressão, ao assédio moral deliberado e direcionado, consubstanciado na falta de cumprimento das normas do contrato de trabalho e no uso e abuso de poder subjugando aos seus interesses quem está mais fragilizado”.
No comunicado o sindicato refere que “em Março, com a justificação da pandemia a empresa pressionou as trabalhadoras a aceitarem 15 dias de férias referindo que após este período recorriam ao Lay Off”, o sindicato solicitou a intervenção da ACT e em abril, os trabalhadores exigiram o salário de março e a marcação de férias em período normal, o que a empresa assumiu.
Em agosto a empresa não cumpriu o estabelecido, não pagou os salários nem subsídios de férias, acusa o STBB.
Segundo o documento do sindicato, há trabalhadoras “que se encontram em suspensão devido ao não pagamento do salário do mês de agosto” e todas “irão lutar pelo pagamento do subsídio de férias que já deveriam ter recebido”.
Para o sindicato “não é admissível que esta empresa tenha, entre 2016 e 2019, recebido apoios comunitárias para a internacionalização no valor de 111.973,00 € e para uma nova nave industrial no valor de 439.316,00 € e, em 2020, não se encontre em situação regularizada para poder recorrer aos apoios no âmbito das medidas de apoio à Covid-19”.