Casegas: EDP efetua poda “irresponsável e à revelia” da Junta no Parque de Merendas

A União de Freguesias de Casegas e Ourondo acusa a EDP, Eletricidade de Portugal, de “num ato irresponsável e à revelia de quem gere o “Lameiro da Ribeira”, a Junta de Freguesia, de proceder, no passado dia 2 outubro, ao corte grotesco de parte da copa de algumas árvores ornamentais, numa área  de nenhum ou baixíssimo grau de risco de incêndio, só parando de o fazer depois de interpelados/instados pelo Tesoureiro da Junta de Freguesia”, acusa em nota de imprensa.

Segundo explica a junta de freguesia, a responsabilidade do espaço é sua desde foi criado em 1996, “quando a Junta de Freguesia de Casegas decidiu tratar e melhorar um espaço do domínio público hídrico, na margem direita da ribeira, em Casegas, hoje parque de lazer e merendas da freguesia”.

Explica que ali foram plantadas diversas e várias árvores ornamentais, construído um “grelhador” coberto, uma “pérgula” e cedido espaço, à entrada, para construção de um “nicho” em louvor a São José. Posteriormente e antes de 2013, a autarquia decidiu adquirir alguns terrenos na sua envolvente e foram instaladas várias mesas para apoio ao parque.

Segundo a junta de freguesia o corte da copa das árvores agora efetuado é “lamentável e condenável”, frisando que o “caso configura, ainda, uma invasão de propriedade, porque o parque se encontra vedado e sinalizado”.

Segundo explica a nota enviada à Rádio Clube da Covilhã, “as árvores são anualmente podadas, em altura própria (repouso vegetativo) pelos serviços da Junta de Freguesia e por pessoas habilitadas, de forma a controlar a sua altura, regenerá-las e retirar ramos secos”.

“Os cortes que efetuaram, não tiveram em conta o tipo das espécies arbóreas ali existentes, nem a função que as árvores desempenham numa área de lazer e num parque de merendas” acusa ainda a autarquia local.

Segundo César Craveiro, que enquanto presidente de junta assina o documento, “os cortes feitos por pessoa(s) sem sensibilidade para identificar o papel da árvore em meio urbano, sem aptidão para fazer podas de formação e controlo de copas, irão ter consequências nefastas nas árvores mutiladas. Se a operação (não autorizada e desastrosa) visava reduzir a altura das copas, as árvores retomarão a altura que tinham, pelo desenvolvimento de novos ramos de forte crescimento vertical, mas agora de uma forma desorganizada e muito mais densa”.

A Junta de Freguesia concluiu que “feito o mal e a caramunha, deve a EDP assumir as responsabilidades pelo ato irresponsável e pelas suas consequências”.