João Ferreira, candidato do PCP à Presidência da Republica, esteve na região durante 2 dias para “chamar a atenção” para um conjunto de “realidades muito específicas da região”, nomeadamente a necessidade de “valorizar” o património natural e a produção nacional, bem como valorizar o papel do trabalho e dos trabalhadores, disse na Covilhã, onde terminou ontem ao início da noite, este périplo.
Uma região com um potencial “largamente desaproveitado”, facto que a pandemia veio colocar “em evidência”, disse o candidato.
Para João Ferreira “a coesão económica e social” está na Constituição da República” e só a “ação de sucessivos Governos e Presidentes da Republica, incluindo os atuais”, que não defenderam este “preceito constitucional”, levaram às desigualdades que existem.
“Quando vemos extensas regiões do país votadas ao abandono, com desvalorização e encerramento de serviços públicos, afastamento de órgãos do estado como a extinção de freguesias, encerramento de escolas e de equipamentos de saúde, isto não é de modo a promover um desenvolvimento coerente do território, é ver aumentar essas desigualdades”, referiu.
João Ferreira coloca a defesa da Constituição como “regra da ação do Presidente da República”, até porque “o jura” quando toma posse salientou, “e se o fizer sempre, no exercício dos seus poderes, promove a coesão”, frisou aos jornalistas no final da sessão pública que lotou (dentro das atuais limitações de espaço), o Auditório Municipal da Covilhã.
“É preciso ter presente o sentido de defesa da constituição no combate às desigualdades” vincou, avançando que tal só se consegue “com uma intervenção do Presidente da Republica diferente da que temos visto”, apontou.
Temas como “abolição das portagens” também fizeram parte da intervenção pública do candidato. “Aliviar constrangimentos é o caminho a seguir” referiu, frisando que os descontos apresentados “não aliviam”, concluindo que “este constrangimento há muito tempo deveria ter sido removido”, defendeu.