A Câmara Municipal da Covilhã aprovou, por maioria, a alteração do preço a pagar pela mobilidade na Covilhã a 10 anos, colocando o preço base da concessão, que está em concurso internacional, em 9 milhões e duzentos mil euros. Mais 1 milhão e 200 mil do que o previsto inicialmente.
A alteração foi aprovada na reunião privada do executivo desta sexta-feira e os vereadores da oposição, que participaram por videoconferência, abstiveram-se.
Na habitual reunião com os jornalistas no final, o presidente da câmara explicou que a alteração ao preço tem a ver com o “ajustamento do concurso à realidade atual do mercado”, “para que não fique deserto”, seguindo “o conselho dos consultores da autarquia para esta matéria”, disse.
“No anterior concurso estávamos a falar de 800 mil euros ano, e neste caso passamos a 1 milhão de euros nos primeiros dois anos e nos seis anos seguintes é reduzido para 900 mil euros ano”, explicou.
O presidente avançou ainda que o preço é mais elevado nos primeiros dois anos de concurso, uma vez que se prevê que as atuais condições de mercado, com uma procura reduzida provocada pela pandemia, se estendam por este período.
O autarca relembra que o concurso internacional para a mobilidade na Covilhã abrange “não só os transportes públicos, mas também a mobilidade suave com bicicletas e trotinetas, a manutenção de elevadores, estacionamento, manutenção de abrigos e novas carreiras”.
Segundo explicou ainda aos jornalistas Vítor Pereira, a autarquia optou por alterar o preço do concurso, ao invés de o anular, porque, “não se sabe quanto tempo irá durar a pandemia”, e a atual situação de contrato de prestação de serviços “é provisória”, e não se pode viver “em incertezas durante mais tempo”, vincando que a concessão a concurso tem um preço “mais vantajoso” e “engloba muito mais serviços”.
O edil mostrou-se confiante de que “haverá interessados no concurso”, frisando que há “pedidos de esclarecimento” de empresas. O concurso Internacional está a decorrer até 31 de dezembro.