A Associação Académica da Universidade da Beira Interior, AAUBI, e os vários núcleos de estudantes, em comunicado conjunto, tecem duras críticas à Universidade por, num curto espaço de tempo, dar o dito por não dito e voltar atrás nas datas e formas de avaliação.
A AAUBI sustenta que apresentou um conjunto de medidas para minorar as consequências do primeiro despacho da universidade que alterava datas de exames e do início do segundo semestre, uma vez que não foram ouvidos para a tomada de decisão da UBI, mostrando-se surpreendidos com novo despacho reitoral, em que as datas se mantêm e passam a regime presencial.
“No mesmo dia da publicação dessa nota informativa, os UBIanos foram uma vez mais surpreendidos pela publicação de um Despacho Reitoral disponibilizado apenas na área reservada da plataforma “Minha UBI”, em que o órgão voltava atrás nas medidas implementadas e decretava que os exames iriam decorrer de forma presencial e, se possível, nas datas inicialmente marcadas – a menos de uma semana do início dos mesmos”, explica a associação afirmando que “estas medidas, que uma vez mais espelham a desconsideração pelos estudantes UBIanos e as suas estruturas associativas, foram fortemente criticadas pela comunidade académica quer nas redes sociais quer nos canais oficiais de comunicação com a Universidade”.
Uma situação que levou a AAUBI e núcleos a reunirem para fazer o “levantamento de sugestões de alteração ao calendário letivo que verdadeiramente beneficiem os estudantes, por si já prejudicados com toda a instabilidade criada pela Universidade”.
Os alunos propõem a “realização dos exames em regime à distância, salvaguardando a segurança dos estudantes e contribuindo ativamente para a redução do número de casos de Covid-19 devido às deslocações e partilha de casa, para além de que muitos alunos deslocados já não se encontram na Covilhã”.
Os alunos querem também a “recuperação do período de Recurso dos exames” afirmando que “é incompreensível o facto do Conselho Científico do Senado retirar novamente uma das oportunidades de avaliação dos alunos, prejudicando principalmente aqueles que pretendem completar o 1º ciclo de estudos e concorrer a mestrado/2º ciclo”.
A Recalendarização dos exames para as épocas inicialmente definidas para os alunos de primeiro ano é outra das sugestões apontadas no comunicado.