Camas para unidade do Seminário oferecidas ao CHUCB. Abre na próxima semana

A “Aconchegar” movimento coordenado pela Fundação João de Deus, entregou esta manhã no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, CHUCB, 20 camas articuladas elétricas que irão servir para equipar a Unidade de Alta que está a ser criada no Seminário do Verbo Divino no Tortosendo.

João Casteleiro, presidente do conselho de administração do CHUCB frisa que “conseguir as camas por esta via foi ouro sobre azul”, caso contrário “teriam que ser compradas”, pois as que existem no espaço “são muito baixas e não podem receber pessoas que precisam de cuidados”, realça.

O responsável afirma que “só com este ato de solidariedade é possível equipar aquele espaço com esta qualidade, destacando que “são camas elétricas que evitam muito trabalho de auxiliares” uma vez “o próprio doente pode ser autónomo, no baixar e levantar, caso contrário necessita sempre da ajuda de terceiros”.

A logística e equipamento da Unidade está a ser ultimada, numa “estreita parceria” entre a Câmara Municipal da Covilhã e o CHUCB, refere João Casteleiro, avançando que “pode começar a funcionar na próxima semana”.

O responsável explica que “as questões logísticas passam pelo CHUCB”, pois há normas a respeitar, no que toca à alimentação, desinfeção e até mesmo lavandaria que têm que cumprir as normas hospitalares.

Quanto aos recursos humanos que ficarão afetos aquele espaço, João Casteleiro refere que muita gente respondeu ao apelo do CHUCB. “Recebemos muitas candidaturas de voluntários”, vinca, esclarecendo que “estão a fazer formação” para as funções.

Recorda que se dá preferência a gente que já trabalhou no CHUCB, reformados por exemplo, uma vez que já têm esse saber e poderão até mesmo servir de formadores.

A unidade irá receber doentes não Covid-19, que já não necessitam de cuidados clínicos mas que não podem ir para casa, por esta não ter condições ou por não terem cuidadores, sendo por isso uma “unidade de passagem”.

Um espaço que será fundamental para “aliviar o CHUCB”, uma vez que se trata de doentes que “tendo alta” não podem ir para casa, frisa.

João Casteleiro explica ainda que o CHUCB está a funcionar no limite, com as altas a compensar os internamentos, mas numa linha muito ténue, por isso pede “para não se relaxar nas medidas de proteção”, caso contrário em 15 dias volta a ter-se uma situação grave no Hospital.

“Diminuição de casos, não quer dizer diminuição de cuidados”, alerta João Casteleiro.