A Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco (ADACB) exige ao Governo medidas de apoio aos agricultores, uma vez que, a situação pandémica “tem criado vários constrangimentos à atividade produtiva”.
Em nota de imprensa enviada à RCC, a ADACB refere que “os agricultores nunca pararam para garantir os alimentos na mesa dos portugueses, mas os diversos confinamentos obrigatórios vieram criar dificuldades de escoamento da produção agrícola”.
“A situação financeira de muitos agricultores é agora muito mais débil” e, por esse motivo, a ADACB “propõe e reclama que o Ministério da Agricultura crie um programa de apoio aos agricultores”, onde, entre outras medidas, “deve ser equacionada a antecipação do pagamento de todas as ajudas diretas; criar uma medida de apoio pela perda de rendimento dos pequenos e médios agricultores; executar um programa de compra de produtos locais para o abastecimento de cantinas públicas; e apoiar o associativismo agrícola e florestal”.
No documento a Associação de Agricultores reivindica também o “alargamento do prazo da receção de candidaturas ao Pedido Único” (PU), por parte do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e da Ministra da Agricultura.
Explica que o “IFAP calendarizou a campanha do Pedido Único entre os dias 1 de fevereiro e 30 de abril”, no entanto, face á situação pandémica, a “decisão de prolongar o prazo é uma evidência” porque “caso contrário estamos a colocar seriamente em causa a saúde dos agricultores e dos técnicos envolvidos neste trabalho e impedir as organizações de planear devidamente o trabalho necessário neste âmbito”.
A ADACB sustenta que nos “postos de atendimento da receção destas candidaturas, é preciso medidas especiais de limpeza e higienização dos espaços o que leva muito tempo e um grande desgaste nos serviços” e a “a realização de candidaturas à distância” também não se “adequam à grande maioria destes agricultores”.
Relembra “que em anos anteriores, foi quase sempre necessário prolongar este período de receção de candidaturas e o ano passado, ano de idênticos constrangimentos, o prazo foi prorrogado para 15 de junho de 2020”.
“Se não prorrogar o prazo a Ministra da Agricultura opta e será responsável por penalizar milhares de agricultores, que assim vão ver a suas ajudas reduzidas, em ano de grandes dificuldades”, lê-se no documento.
A ADACB frisa ainda que “caso a situação não se altere vai intervir” junto do Primeiro Ministro e do Presidente da República para que o “prazo para o términos da campanha de subsídios ao PU seja alargado o máximo possível, que em nosso entender deve ser igual ao ano passado”.