Cidade Criativa: CMC aprova candidatura a enviar à UNESCO em junho

O executivo municipal da Covilhã aprovou, por unanimidade, os documentos que compõem a candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO na área do design, na reunião pública de sexta-feira, e que devem ser entregues no próximo mês de junho. Uma candidatura que “afirma a Covilhã como uma cidade de cultura, de conhecimento, de investigação e de inovação”, disse Vítor Pereira.

O presidente da câmara, explicou que o plano proposto na candidatura visa “por um lado integrar as componentes académicas e formativas, com vertentes expositiva, produtiva e empresarial de design” e “por outro lado sensibilizar todos os públicos para a realidade e para o desempenho do design na melhoria da nossa qualidade de vida”, disse.


Vítor Pereira considera ainda que há nesta candidatura a “oportunidade de, através do design e das artes, a Covilhã reforçar o trabalho de reabilitação urbana”, e aumentar a “atratividade económica e cultural do seu território e dos municípios que connosco confinam”, vincou.

O autarca sustenta ainda que há ações previstas que irão aumentar “o cosmopolitismo da Covilhã”, integrando a cidade nas redes e dinâmicas da Unesco, promovendo também “uma certa internacionalização do concelho”, destacou.

Entre as várias ações previstas no plano de ação, Vítor Pereira destacou a “criação de uma estrutura de apoio logístico aos criadores em design”, potenciando o aparecimento de startups neste domínio que poderão ajudar na “fixação de pessoas”.

Por outro lado será criado “um equipamento permanente, vocacionado para a promoção da cultura contemporânea e literacia digital” que ficará ligado ao Centro de Inovação Cultural e que servirá de “estimulo adicional para a regeneração urbana e refuncionalização do numeroso património subaproveitado da Covilhã”.

Adolfo Mesquita Nunes, vereador do CDS PP, considerou esta uma das iniciativas “mais importantes do mandato, por que pode ser verdadeiramente estruturante”, disse.

Apesar de não conhecer os documentos da candidatura, e por isso falando apenas sobre as potencialidades, o vereador elogiou o processo, em especial no que concerne à regeneração urbana.

“A Covilhã há muitos anos precisa de uma nova narrativa para a sua história têxtil. As fábricas que estão em ruinas recordam todos os dias um passado que falhou”, disse, considerando que este “pesa na autoestima da cidade e das pessoas,” sustentando que esta candidatura pode dar nova dinâmica à cidade, o que “é muito relevante”, disse.

O Plano de Ação da candidatura vai ser apresentado ao público no próximo dia 23 de abril, às 17h00. A sessão pública, com transmissão em direto online, conta com a participação do presidente do Município, Vítor Pereira, da vereadora da cultura, Regina Gouveia, e do diretor executivo da candidatura, Francisco Paiva

O Plano de Ação para o quadriénio 2022-25 considera, no curto prazo, a estruturação da plataforma Covilhã, Cidade do Design, que assegurará, entre programadores(as) convidados(as) e a estrutura de missão, o desenvolvimento de seis programas setoriais: 1. Design, Indústria e Artesanato; 2. Design, Têxtil e Moda; 3. Design, Cidade e Território; 4. Design, Cultura e outras Artes; 5. Design e serviços digitais; e 6. Educação para o Design e Cidadania.