O Festival Académico organizado pela AAUBI, decorreu durante as noites dos dias 27, 28 e 29 de abril, através de lives nas redes sociais, onde presenteou os alunos, com atuações musicais em diversos pontos marcantes da cidade e da comunidade académica.
Saudade é por certo, a palavra mais ouvida e sentida neste, que é o segundo ano consecutivo onde os estudantes se viram privados de uma parte importante daquilo que é a vivência universitária. Contudo, a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), não se conteve nos esforços e organizou o “Festival Académico”. Com um enorme sentimento de orgulho, as representantes do Departamento Recreativo da AAUBI, Lúcia Pires e Mariana Moreira, confessam que, apesar dos inúmeros desafios com que se depararam, “estes acabaram por ser sempre resolvidos, derivado do apoio entre a equipa e do apoio que veio do exterior fornecido pelas equipas de livestreaming, de luz, som e dos nossos parceiros, foi fundamental na organização e realização do evento.”
Quer os estudantes que já vivenciaram (pelo menos uma vez) a verdadeira “Semana Académica”, quer os que ainda não tiveram essa oportunidade, todos eles acreditam que iniciativas como esta são reconfortantes e, dentro das circunstâncias, próximas daquilo que é o presencial – através da interação existente na caixa de comentários – e como foi revelado por Alexandra Maia, aluna do segundo ano de Medicina, “estando reunidos num grupo pequeno de pessoas, sempre é uma boa forma de alegrar as nossas noites”. Contudo, Jorge Brigida, aluno do terceiro ano de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores deixou bem patente que nada substitui os “encontrões entre a multidão, os finos com todos os amigos, a música até às 4 da manhã, o fecho da Anil, já para não falar do arraial onde acabamos todos banhados em cerveja.”
O Festival contou com atuações do Grupo de Fados MAIO, dos Peixe Bala, de Emanuel Silva e, como não poderia faltar, dos DJs Sergy e Rúben Sousa. Mesmo de uma forma distante, mas reconfortante e intensa, marcaram dias que seriam de festa, música e muita alegria em contexto não pandémico.
Não poupando elogios à AAUBI pela iniciativa e profissionalismo na organização, os artistas que passaram pelas “óticas deste Festival” frisam a qualidade, empenho e dedicação de quem esteve do outro lado das câmaras.
Com um início marcado pela típica Serenata, cantada pelo Grupo de Fados MAIO da Universidade de Coimbra, o tempo parou e foi relembrado, com saudade, as típicas noites de fado ao luar. Na sua primeira atuação em contexto académico num formato puramente digital, os MAIO, através da opinião de Anselmo Batista, creem que “para o público, a mensagem e o sentimento chegou lá da mesma forma”. Sentiram, por outro lado e como nos disse Francisco Zagalo, que criaram “um momento especial, porque de certeza que vai ficar na memória das pessoas”.
Num momento já mais festivo, enquanto alumni, Rita Gonçalves, vocalista dos Peixe Bala, considera que é fundamental a dinamização de iniciativas semelhantes a esta nos tempos que atravessamos. Não esquecendo, porém, que como nos reforçou Ricardo Bali, guitarrista e vocalista do mesmo grupo, “é sempre um pouco diferente, o facto de ser online, pois falta muito o típico calor do público”. Já Emanuel Silva, caraterizou esta experiência como espetacular, mas também desafiante e marcante, frisando que se sentiu bastante lisonjeado por ter feito parte do Festival Académico.
Após um ano sem festividades académicas, a equipa organizadora do Festival que, certamente, deu a conhecer um pouco do que é a vida académica aos Caloiros e aqueceu o coração dos Finalistas, apela à paciência e ao respeito de todas as normas de higiene e segurança decretadas pela Direção Geral de Saúde, para que se possa, a curto-médio prazo, aproveitar presencialmente estes momentos de convívio e partilha, e recordar os melhores tempos da vida académica.
Cátia Sabino