CMC aprova Plano Estratégico de Desenvolvimento Desportivo para a próxima década

O executivo municipal da Covilhã aprovou por maioria, com a abstenção da oposição, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Desportivo até 2030. A apresentação e discussão dos documentos teve lugar na reunião pública da última sexta-feira. O Plano assenta em “três eixos” – Aumento da prática desportiva; Investimento em infraestruturas e o Desporto como meio de desenvolvimento sustentável.

Um plano que define “a estratégia do município para o futuro” com o objetivo de “aumentar a prática desportiva na população, aumentando a oferta e tornando-a mais direcionada”, sustentou José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do desporto na autarquia.


O responsável avança ainda que é propósito desta estratégia “identificar as carências em infraestruturas desportivas”, analisa-las, inspeciona-las bem como suprimi-las.

O vereador diz que nesta matéria os documentos “colocam o dedo na ferida” e mostram o que faz falta e o desequilíbrio que existe no concelho.

“Em termos de infraestruturas o plano é ambicioso e prevê 12 a 14 milhões de euros em investimento”, disse, apontando “um pavilhão multiusos e uma nova piscina coberta” na cidade, como obras a realizar, bem como um conjunto de campos multidesportos em várias freguesias e investimentos por exemplo ao nível do trail e do BTT, especifica.

Quanto a ações concretas o plano aponta a criação de “uma bolsa solidária de desporto”, a partir da próxima época, em que a câmara pagará a mensalidade das crianças carenciadas. Outra das medidas previstas é a criação do Conselho Municipal de Desporto.

O detentor da pasta do desporto no município explica ainda que “anualmente” será definido “um plano de ação” associado à estratégia global, onde constem as medidas concretas a realizar, com o respetivo orçamento.

Carlos Pinto, vereador do movimento “De Novo Covilhã” absteve-se na votação, considerando que o documento “vale enquanto manifestação de intenções”. Fazendo um paralelismo com a Constituição, afirma que também esta “atribui uma casa a cada Português e estamos como estamos”, disse. Afirmou ainda que falta no documento “a estatística dos praticantes”, porque “aquilo que está a montante, é importante mas não é tudo”.

Também Adolfo Mesquita Nunes, vereador do CDS, criticou os documentos afirmando que “é mais uma carta desportiva que uma estratégia”, e mesmo no levantamento “é essencialmente estrutural”, concordando com Carlos Pinto ao afirmar que falta a caraterização da parte “humana”, dos praticantes.

Para Mesquita Nunes, devia olhar-se para o plano também sob o prisma da “saúde, das IPSS e social”, porque a “estratégia no desporto é mais ampla que a mera prática desportiva”, afirmou.