Covilhã: Feira de S. Tiago “revivida” com uma semana de eventos em julho

A tradicional Feira de S. Tiago, tal como se conhece, só terá lugar em 2022, mas já este ano, em julho, o certame será “revivido” com uma semana de eventos, foi anunciado esta sexta-feira pelo presidente da Câmara Municipal da Covilhã.

Vítor Pereira, na reunião pública do executivo, depois de questionado sobre esta matéria pelo vereador independente Carlos Pinto, referiu que “não haverá a Feira nos moldes habituais, mas iremos fazer uma alusão, durante uma semana, com eventos que não ponham em causa a saúde pública e que nos permitam reviver esse momento alto dos nossos costumes e tradições”, referiu.


José Miguel Oliveira, vereador responsável pela organização do evento, explicou que “existia uma grande vontade de realizar a feira”, até porque já para a edição de 2020 “estava preparado um novo figurino, alicerçado em 2 novos espaços, um de exposição coberto para, em 75 expositores, mostrar as potencialidades do concelho, para tornar a feira uma mostra do que o concelho tem para oferecer, bem como melhorias no espaço de diversão e restauração”, o que acabou por não acontecer uma vez que já essa edição foi cancelada, frisou.

O contexto pandémico que se vive atualmente recomenda “cautelas” e sustentando que “um dia fraco na feira equivale a ter cerca de 6 mil visitantes”, o vereador disse que “a salvaguarda da saúde pública não permite que se realize também este ano”.

Avança que a solução encontrada “é promover um conjunto de eventos e concertos”, que irão decorrer em espaços urbanos, “controlados e com lotação definida”. Explica que haverá concertos em simultâneo para evitar os aglomerados de pessoas. O objetivo “é recordar o espirito da Feira de S. Tiago para que se anseie em 2022 por uma grande edição”, concluiu o vereador.

Uma posição que Carlos Pinto “compreende”, considerando no entanto que realizar a Feira, ainda que de forma condicionada, era dar um sinal de “regresso à normalidade” que nesta altura é necessário. “Ainda que com menos espetáculos e com cautelas apostava na abertura do espaço, para dar às pessoas uma oportunidade de sair de casa”, disse.