O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) assinalou o Dia Mundial da Hipertensão, que se comemora hoje, com um webinar dedicado ao tema.
O diretor executivo do ACES Cova da Beira, Manuel Geraldes, foi o primeiro a intervir e afirmou que “40% população portuguesa é hipertensa, mas metade desconhece que o é, por isso, ao assinalarmos este dia, tenta-se alertar para a prevenção e para as consequências da hipertensão arterial”.
Da mesma opinião, o diretor da Consulta Aberta de Hipertensão Arterial (HTA) do CHUCB, Miguel Castelo Branco, frisou “que um dos grandes problemas da hipertensão, é que sendo silenciosa as pessoas muitas vezes não sabem” que têm essa doença e “deixam a hipertensão dominar o organismo”.
Miguel Castelo Branco referiu que “na Cova da Beira temos um conjunto de condições que estão bastante melhoradas do ponto de vista do atendimento ao doente hipertenso”.
“Tínhamos um problema com os doentes descompensados, que muitas vezes vinham parar à urgência e, na realidade, a urgência não é o local adequado para tratar esta situação” e a implementação da consulta aberta “acabou por ser é uma mais valia”, disse.
O diretor da Consulta Aberta de HTA salientou ainda que “as pessoas têm de saber o que é a hipertensão arterial e têm que saber quais são os malefícios, porque não muito é difícil controla-la adequadamente”.
O presidente do Conselho de Administração do CHUCB, João Casteleiro, afirmou ser necessário “pôr todos os atores a comunicar uns com os outros”, sendo que o “primeiro ator é a população, o segundo ator são os cuidados de saúde primários e o terceiro ator é o hospital” e a realização da iniciativa é o reflexo disso mesmo.
A hipertensão é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, que constituem a primeira causa de morte em Portugal. Constitui também o segundo fator de risco que mais contribui para o total de anos de vida saudável perdidos na população portuguesa.
A prevalência da hipertensão em adultos é cerca de 30% a 45% e estima-se que o número de pessoas até 2025 poderá aumentar de 15% a 20%.