Foi esta manhã assinado, no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), um protocolo colaborativo em prol da promoção da Saúde Mental na Cova da Beira.
Através deste protocolo “é assumido entre as partes, o compromisso de desenvolver uma rede de intervenção célere, inclusiva e inovadora, baseada numa abordagem comunitária e biopsicossocial de prevenção, intervenção, tratamento e reabilitação da saúde mental, para dar a resposta a situações de exclusão e de vulnerabilidade social”.
O presidente do Conselho de Administração do CHUCB, João Casteleiro, afirmou que este protocolo reflete o facto de a saúde não ter de ser só exercida “por quem está na saúde e todos os parceiros que aqui estão são fundamentais” para trabalhar na saúde mental “das nossas populações”.
A diretora do departamento de Psiquiatria do CHUCB, Paula Correia, salientou que “é importante pensar na saúde mental como uma saúde que faz parte de todos nós e que todos temos de contribuir”.
Frisou que “a saúde mental começa no recém-nascido até ao idoso e pensamos nisto sempre como um ciclo de vida e num continuo de cuidados”.
Este protocolo irá por isso “agilizar esta ligação entre as várias instituições e muitas vezes será para reforçar caminhos que já existem, mas também para conseguir operacionaliza-los de outra forma”, explicou ainda Paula Correia.
O diretor executivo do ACES Cova da Beira, Manuel Geraldes, considera que “a Cova da Beira está de parabéns” dado que “construiu um protocolo inovador a nível da saúde mental, que se agravou com a pandemia”, sendo, por isso, “necessário fazer uma intervenção”.
Manuel Geraldes disse ainda que o ACES “tem um papel importante, uma vez que são os cuidados de saúde primários que vão estar no terreno” e que desempenham um papel fundamental “na intervenção comunitária, mais junto das populações”. No entanto, sublinhou que isso só “será possível se trabalharmos em rede”.
A vereadora com o pelouro da saúde na Câmara Municipal da Covilhã, Regina Gouveia, referiu que é importante para o Município a assinatura deste protocolo porque “a missão de uma autarquia é salvaguardar o bem de todos os que pertencem à comunidade”.
Regina Gouveia destacou que na área da saúde mental “é necessário trabalhar lugares comuns, estereótipos e preconceitos do ponto de vista da aceitação e da inclusão social”.
Vincou que também é preciso trabalhar a saúde mental “numa perspetiva social, daqueles que rodeiam o paciente ou aquele que precisa de se reabilitar”. “É na rede familiar, de amigos e profissional que se pode fazer um trabalho mais abrangente e mais eficaz”, sustentou a vereadora.
Referir que subscrevem esta parceria, inédita a nível nacional, a Administração Regional de Saúde do Centro, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, o Agrupamento de Centros de Saúde Cova da Beira, a Câmara Municipal da Covilhã, a Câmara Municipal de Belmonte, a Câmara Municipal do Fundão e o Centro Académico Clínico das Beiras.