Adolfo Mesquita Nunes, primeiro eleito da coligação CDS/PSD/IL na Assembleia Municipal da Covilhã, anunciou hoje nas redes sociais que pediu a desfiliação do CDS-PP, partido que militava há 25 anos.
Refere que este é “o mais difícil acto político” da sua vida, apontando como motivo que “o partido em que me filiei, o CDS das liberdades, deixou de existir”.
Fundamenta esta decisão no facto de que “o CDS é hoje, estruturalmente, um partido distinto daquele em que me filiei, um partido que quer afastar-se do modelo de partido que servi como dirigente”.
“Nunca me imaginei em discussões sobre se alguém do CDS pode não gostar de touradas, se pode ser vegetariano, se pode divorciar-se, se pode amar quem quiser, se pode não ser crente. Mas essas discussões vieram para ficar e dão bem conta das novas prioridades do partido”, sublinha o antigo dirigente.
Mesquita Nunes criticou ainda a decisão de adiar o congresso do partido, conhecida depois do Conselho Nacional que decorreu na noite de sexta-feira.
“O meu valor primeiro é o da liberdade. Nunca o comprometi ao ser do CDS. E é em nome da liberdade que me desfilio” conclui Adolfo Mesquita Nunes.