Argemela: Centenas protestam contra mina a céu aberto

“Não à destruição da Serra da Argemela”, “não à poluição dos solos e do Zêzere”, “não às minas”, foram algumas das palavras de ordem que se ouviram este domingo na aldeia do Barco, (Covilhã) em mais um protesto contra a exploração mineira, promovido pelo Grupo de Preservação da Serra da Argemela (GPSA).

Os manifestantes, entre palavras de ordem, cantavam “a Argemela é nossa” para mostrar que o povo “é contra a exploração de lítio” pretendida para aquele território.


No protesto participaram mais de uma centena de populares e ativistas contra as minas, tanto residentes na região como outros vindos de várias partes do país.

Marcaram ainda presença vários presidentes de junta de freguesia do concelho da Covilhã, representantes da Câmara Municipal da Covilhã e das várias forças políticas do concelho.

No protesto, o GPSA salienta que a concretização da mina a céu aberto para exploração de lítio naquele local, traria “graves consequências” para as populações, nomeadamente “a coabitação da atividade mineira com as pessoas e os seus bens, com os recursos essenciais, como a água nos seus diferentes estados, os solos, os ecossistemas locais e os serviços que prestam, e, as atividades como a agricultura, a pecuária ou o turismo sustentável, coabitação que promoveria a doença, a pobreza e a desertificação inexorável da região”

O Grupo contesta a “lei das minas” aprovada em maio, e o chamado “plano de fomento mineiro”, que irá “alterar profundamente toda a vida na região”, destacando que “no caso particular da Argemela, o processo se encontra muito mais avançado e, ao que indicam recentes declarações do Secretário de Estado Adjunto e da Energia, a assinatura do contrato de concessão de exploração estará para breve”, o que motivou o protesto deste domingo.