A ativista e atriz brasileira Úrsula Corona é a madrinha do projeto Casa Moura, da Mutualista Covilhanense, que acolhe crianças e jovens não acompanhados. Na cerimónia de oficialização, a embaixadora da ONU disse que aceitou o convite de apadrinhamento, porque acredita neste projeto, “um projeto magnifico, com muita qualidade humana por trás”, reforçou.
A cerimónia de apadrinhamento decorreu ontem, dia 4, na Casa Moura, com a presença de Nélson Silva, presidente da direção da Mutualista Covilhanense, que salientou o papel “muito importante” de Úrsula Corona “naquilo que é o empreendedorismo social”.
Úrsula Corona manifestou a “honra” que é poder ser madrinha do projeto Casa Moura, e a sua vontade em querer “somar em tudo o que puder”, de forma a ajudar a integrar estes jovens “sobreviventes” na sociedade.
Nélson Silva referiu, aquando da cerimónia, que tanto a Mutualista como a ativista partilham da mesma “filosofia”, ou seja, a de “assistencialismo”, apenas numa fase inicial, para que as pessoas possam “construir as suas próprias vidas”, sem que fiquem dependentes de apoios. “As pessoas têm de ser protagonistas do seu próprio desenvolvimento”, salientou.
Uma filosofia que a Mutualista segue com os jovens refugiados que acolhem na Casa Moura, ao ajudá-los para que depois “possam por eles próprios a ter as ferramentas necessárias para se enquadrarem e vingarem na sociedade”.
O presidente da direção da Mutualista revelou, que uma das “premissas” que esteve na base do convite para ser madrinha deste projeto foi para, assim, poderem “criar sinergias em relação a outros programas”, graças à experiência de Úrsula Corona enquanto embaixadora da ONU.
Reforçou que o facto de a ativista se tornar madrinha, permite também divulgar e alertar a sociedade para este projeto e os “jovens que precisam de ser acarinhados e integrados”.
O projeto CAE-Casa Moura é fruto de um acordo celebrado com o Instituto da Segurança Social, em resposta a um compromisso assumido pelo Estado Português perante a União Europeia. Neste momento, esta casa acolhe 13 jovens oriundos do Bangladesh, Síria, Paquistão, Iraque e Egito.
Úrsula Corona é embaixadora da ONU no programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, que em 2020 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz e é fundadora e presidente do Instituto Fome de Tudo, um movimento de combate à fome.