Foi ontem inaugurada a Galeria Luís da Cruz, espaço que se desdobra num centro de estudos, residência artística e oficinas comunitárias.
“Além de ser um espaço grande e único, permite que as pessoas aqui se possam iniciar na arte”, sublinha o artista que espera que também a Covilhã enquanto Cidade Criativa venha dar um impulso aos mais jovens, cativando-os a interessar-se pela arte.
Sobre a exposição que inaugura o espaço, Luís da Cruz explica que esta é a 3ª desde que chegou à Covilhã. A primeira, com o nome “Suspensão”, indicava que nos encontrávamos “em suspenso devido à pandemia”. “Suspensão em Movimento”, a segunda, remetia ao facto de estarem a ser levantadas as medidas impostas pela pandemia. “Erupção”, o nome da exposição agora inaugurada, serve para refletir no futuro pós-pandemia.
Trata-se de uma exposição “cheia de calor, luz e cores de peças diversas, que se debatem e irrompem num universo único”.
A Diretora Regional de Cultural do Centro (DRCC), Suzana Menezes, esteve presente neste evento e destacou essencialmente o conceito deste espaço. “Estamos numa recente Cidade Criativa da UNESCO, o que para a DRCC é um motivo de orgulho. Projetos como este, que partem da iniciativa privada e têm a capacidade de se implementar numa cidade como a Covilhã, são extraordinários”, vinca a Diretora.
Suzana Menezes destaca que além de ser um polo de atração de artistas nacionais e internacionais, este espaço tem uma “dimensão pedagógica fundamental” uma vez que o artista quer promover “uma espécie de literacia artística no território”.
Nesta abertura foi, ainda, exibida uma curta-metragem, especialmente concebida para a exposição, do cineasta covilhanense João Morais Inácio, que refere que realiza-la foi “super alucinante” uma vez que “não havia barreiras”, o que tornou o resultado em “algo ainda melhor que o esperado”.