“Mais do que feliz, é um dia histórico”, foi o que sublinhou o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, quando questionado sobre o que sentia ao ver reaberto o Teatro Municipal da Covilhã.
O autarca falava depois do espetáculo formal de reabertura, a que assistiram também o Primeiro- Ministro, António Costa, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, e a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, bem como o Diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, a diretora regional de Cultura do Centro, Susana Menezes, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno.
António Costa, depois de descerrar a placa que marca oficialmente o momento e assinar o livro de honra do Teatro Municipal da Covilhã, visitou o complexo que constitui o Centro de Inovação Cultural. Já no palco, durante a sua intervenção, destacou que “o espaço, que reabre renovado e preparado para as próximas décadas”. “É um bom exemplo de que os fundos comunitários não são etéreos. São dinheiros que através das Comissões de Coordenação de Desenvolvimento Regional chegam aos municípios e são transformados em obra”, frisando que “quando julgamos que a Europa é algo distante, que está lá só em Bruxelas, é verdade fisicamente, mas as instituições disseminam a sua ação no apoio que se desenvolve em cada município e freguesia”, disse.
Vítor Pereira afirmou que a estrutura é “um importante complexo cultural”, que “visa servir a população, o movimento associativo, as freguesias, as 3 companhias profissionais de teatro e a própria universidade”, disse durante a sua intervenção.
Já no final do concerto, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, não escondeu a alegria de assistir a uma “reabertura que foi muito esperada e desejada pela população”, referindo que se trata “do princípio do resto da programação desta casa que antevejo e auguro como boa”, vincando que pretende “dar vida” ao espaço que ficará ao serviço da cultura da região e do país.
O Teatro Municipal da Covilhã terá “uma programação eclética e para todos os públicos”, avançou ainda o presidente da Câmara, afirmando que nesse campo tem “expectativas elevadas”.
Já o público, que esgotou os 3 espetáculos de João Gil, que marcam a abertura do espaço que fechou em 2017 para as obras de remodelação, gostou do que viu. “Estou emocionada, era aqui que via cinema e é muito bom voltar, entrei de novo com agrado e gostei do que vi”, disse António Rodrigues, de 69 anos. Uma opinião partilhada por Paula Lucas que disse à nossa reportagem que “é gratificante ver uma sala destas de novo aberta. Espero que quem está à frente traga bons espetáculos, gostei de ver que mantiveram por exemplo a tapeçaria e outros pontos, mas a sala está bonita e acolhedora”. Ana Fonseca também se mostrou agradada com o que viu. “Estou orgulhosa, o primeiro impacto foi muito bom, já aqui atuei algumas vezes, depois saí da cidade e agora estou de volta. Já fazia falta este espaço”, disse.
Em palco, neste que foi o segundo de três concertos, João Gil esteve acompanhado por Jorge Palma e por todos os que concorreram na iniciativa “Canta com João Gil”. O musico, natural da Covilhã, mostrou-se “emocionado” pelo regresso à sua terra, afirmando que “há condições extraordinárias” no espaço para realizar todos os tipos de espetáculos.