A Camara da Covilhã Municipal da Covilhã aprovou, na reunião privada desta segunda-feira, o orçamento e as grandes opções do plano para 2022 no valor global de 46,2 milhões de euros, menos1,8 milhões que em 2021. Um orçamento que reflete a “ambição” e os compromissos eleitorais da maioria socialista, disse Vítor Pereira. A oposição votou contra considerando que é um documento “para cumprir calendário”.
“É um orçamento para cumprir calendário”, disse Pedro Farromba, em nome dos vereadores da oposição, destacando que tem “lacunas” e “omissões”. Vinca que a oposição “tentou ao máximo dar um voto de confiança ao executivo por ser o primeiro orçamento” depois das eleições, mas tendo em conta “as faltas de informação”, e também com base na informação dada pelo presidente “de que este não é um orçamento final e que será retificado no primeiro trimestre do ano”, a “oposição teria que votar contra”, vincou.
O vereador avança que “as falhas e omissões” do documento dizem respeito, fundamentalmente, às grandes opções do plano “que deveriam refletir os compromissos eleitorais assumidos com os eleitores nas últimas eleições”, frisou, avançando que, “este orçamento, sendo vinculativo para 2022, devia ser indicativo para o resto do mandato, devia refletir a estratégia do município para os próximos anos, o que não acontece”, destacou
A ausência de verbas para os quarteis da GNR do Tortosendo, Unhais da Serra e Paul, bem como para a sede dos Dadores de Sangue, são algumas das críticas apontadas. A oposição mostra-se também preocupara com o valor de responsabilidades contingentes, no valor de 7 milhões de euros, que segundo a justificação dada durante a reunião “dizem respeito aos acordos de gestão da Águas da Covilhã”.
Outra preocupação que Pedro Farromba destacou aos jornalistas, prende-se com os recursos humanos. O vereador avança que o mapa “reflete uma necessidade de contratação 140 novos trabalhadores, e uma diminuição de 9,4% nas despesas com pessoal”, frisando que “fizeram contas e dá mais de 1 milhão de euros” que não será “explicável só com as reformas”, disse.
Pedro Farroma considerou também que a reunião prévia, com os partidos que suportam a oposição, realizada dia 10 de manhã, poucas horas antes de receberem os documentos finais no correio eletrónico, foi “uma operação de cosmética”, uma vez que dado o curto intervalo de tempo nenhuma das sugestões dadas, e foram 15, seria contemplada.
De entre as sugestões destaca “o preço da água, a requalificação do Museu do Queijo” e diversas obras como “remodelação de passeios entre o TCT e parque industrial do Tortosendo, requalificação do Parque Industrial do Canhoso e a estrada do Casal da Serra, bem como o congelamento das rendas de habitação social para 2022”.
Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, por seu lado, diz que este é um orçamento que “contém a ambição que foi transmitida aos covilhanenses em período de eleições”, considerando que por esse facto “foi sufragado pelo covilhanenses que lhe deram a vitória”. “Estamos a dar corpo a essas promessas. Se cumprir a palavra dada é cumprir calendário, então estamos a cumprir calendário”, disse
Explicou também que “não é um orçamento final”, vincando que no primeiro trimestre de 2022 ele será retificado, uma situação que se prende com candidaturas a fundos comunitários, “no valor global de cerca de 7 milhões de euros”, que dizem respeito a candidaturas que “não estão ainda devidamente aprovadas”, e em muitos casos “a autarquia já avançou com os capitais próprios”. Algo que será regularizado durante o primeiro trimestre, e aí “a CMC liberta esses fundos próprios e essa verba servirá para cobrir as iniciativas e projetos em torno das quais há vontade de fazer e cumprir o prometido”, frisando, que “é a palavra dada” que sempre cumpriu e vai continuar a cumprir.
Para que essa revisão não acontecesse, Vítor Pereira frisa que “podia empolar o orçamento e não tinha esse problema”, mas explica “que tal era enganar os covilhanenses utilizando artificialismos”.
Sobre as criticas da oposição, nomeadamente dos postos da GNR, frisa que “são manobras de diversão”, uma vez que já explicou por diversas vezes que os custos com essas obras serão do Ministério da Administração Interna. No caso do mapa de pessoal, explica que a câmara contratou em 2021 pessoal para substituir os trabalhadores que irão para a reforma em 2022 e que a diminuição de valor nesta área se explica com o facto de que “os que saem estarem no topo da carreira e quem foi contratado estar na base”.
Quanto a obras fala do pavilhão multiusos, vincando que vai já avançar com o projeto, a piscina para prática desportiva, obras de requalificação de estradas como a Ourondinho, Paul, Ourondo, Casegas, Sobral de S. Miguel, destacando neste ponto que o “plano de requalificação irá começar pelas zonas mais degradadas”. Fala ainda de outra ambição, “a requalificação dos centros históricos de vilas e aldeias”, que também será para avançar.
Vítor Pereira diz que durante a reunião, das questões colocadas pela oposição, “nenhuma teve perspicácia, argúcia, acutilância, seja ela politica ou técnica para justificar o voto contra”, vincando que “dizem aleivosias, vulgaridades políticas para justificar o injustificável”, vincando que “é um não porque não”.