CDS acusa distrital de Castelo Branco de “mentir à descarada”

Após André Reis anunciar que a Comissão Política Distrital do CDS-PP Castelo Branco não iria participar na campanha eleitoral para as legislativas por entender “não estar representada nas listas do partido naquele círculo eleitoral”, João Pinto de Campelos, secretário-geral adjunto do partido, em entrevista ao jornal i, desdiz as declarações de André Reis.

Pinto de Campelos afirma que se trata de uma “mentira descarada que a direção não tenha ouvido a distrital de Castelo Branco” e explica que a distrital de Castelo Branco é que, “ao querer escolher o cabeça de lista”, decidiu “desrespeitar os critérios que foram aprovados em Conselho Nacional – com 95% dos votos – que atribuem essa decisão à Direção do partido”.


“À semelhança do que acontece em todos os distritos, é a direção do partido que escolhe o cabeça de lista – e o André Reis foi o único presidente distrital que afrontou esse critério aprovado em CN”, acrescentou. A direção do CDS-PP explica ter indicado Maria Inês Moreira como cabeça de lista para aquele círculo eleitoral por nele procurar “chamar a atenção para a necessidade de rejuvenescer aquele território”.

João Pinto de Campelos garante que a estratégia foi explicada a André Reis quer por si, “quer pelo líder do partido, apelando-lhe a que compreendesse a escolha da direção”. Rejeitando essa compreensão, André Reis fez uma “chantagem à direção: ou era ele o cabeça de lista ou ninguém da sua distritos integrava a lista. A direção não cedeu e, perante isto, todos os membros da distrital abandonaram a lista”, revela.

Conclui que o CDS “obviamente” não “ia deixar de ter lista em Castelo Branco, e por isso a direção do partido preencheu a restante lista com personalidades do distrito”.