Foi assinado hoje, quarta-feira, 15 de dezembro, no UBImedical, o protocolo que dá origem ao Centro de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável do Interior da Região Centro – AgeINFuture.
Este protocolo foi assinado pelo Reitor da Universidade da Beira Interior, pelos Presidentes dos Institutos Politécnicos de Castelo Branco, Guarda e Viseu e pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
Assunção Vaz Patto, coordenadora do projeto, explica que o AgeINFuture defende que “melhorando o envelhecimento do presente e respondendo às questões colocadas consegue melhorar-se o envelhecimento das gerações seguintes e das comunidades onde nos inserimos”. Este projeto irá “tornar o Interior Centro num sítio onde seja bom envelhecer e onde seja bom viver”, garante a coordenadora.
Segundo Ana Mendes Godinho este é um “dia simbólico por 3 motivos: partilha, união e oportunidade”. Trata-se de um “assinalar de uma cooperação extraordinária entre as academias e aqueles que podem ser, por um lado, os decisores políticos, mas, também, de quem está no terreno, nomeadamente com os grandes desafios de responder ao desafio demográfico existente a nível das regiões do interior”.
Para a ministra, este projeto é um “exemplo de excelente trabalho” e “tem tudo, só precisa de ação”.
Com mais de 22% da população portuguesa acima dos 65 anos, existe uma necessidade de “dar voz aos cidadãos mais velhos que muitas vezes ficam excluídos” vinca a Ministra, acrescentando que a academia e este projeto em particular têm esse papel de “ajudar a garantir que esta voz se transforma em voz de resposta”, através de formas inovadoras.
Ana Godinho, alertou, ainda, que esta é uma “excelente oportunidade” para aproveitar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente na Resiliência Social, que conta com um fundo de 420 milhões de euros dedicados ao investimento no Serviço Nacional de Saúde, na habitação, nas qualificações e no setor social.
Além do PRR, a Ministra afirma haver, também, “linhas fortes de investimento para respostas no envelhecimento” no fundo do PT2030.
Ana Mendes Godinho deixou ainda o desafio às autarquias e academias a apresentarem projetos com vista na “preparação do espaço público, de todos os serviços públicos, com acessibilidades para todos”.
Segundo o Reitor da UBI, Mário Raposo, o Centro irá funcionar com base na cooperação entre os seus membros para “identificar, implementar e monitorizar as boas práticas em toda a região Interior Centro, para promover soluções inovadoras, para desenvolver a economia associada ao envelhecimento da sociedade e, ainda, contribuir para o aumento do número de anos de vida saudável”.
O AgeINFuture, que ficará sediado no UBImedical, tem como finalidade agregar a disponibilidade e os recursos geridos pelas entidades promotoras, com vista a promover o interesse regional no âmbito do Envelhecimento Ativo e Saudável.
No dia 20, segunda-feira, no Instituto Politécnico da Guarda, é assinado o acordo para a entrada do Centro como parceiro do Observatório Nacional do Envelhecimento.