Covilhã e Canhoso: Na segunda tentativa oposição aprova orçamento

Depois de ter sido chumbado, em dezembro, o Plano e Orçamento para 2022 da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, e de ter sido “retificado” pelo executivo PS, foi ontem aprovada uma nova proposta.

O novo orçamento, de cerca de 530 mil euros, foi aprovado com 6 votos a favor do PS e 7 abstenções dos eleitos da coligação “Juntos fazemos melhor” e do eleito da CDU.


Na assembleia de freguesia, José Horta, da coligação “Juntos Fazemos Melhor”, reforçou que, quando chumbou o orçamento, “não foi de má fé, mas sim com sentido de responsabilidade” e por “não servir o que ambicionamos”. A mudança de sentido de voto para a abstenção significa um “voto de confiança, mas é também um alerta de que não pode existir uma próxima vez como esta”.

“De facto, o orçamento foi retificado e melhorado em alguns aspetos. Houve intenção clara e inequívoca, com muita humildade e esforço, por parte do executivo, em melhorar o orçamento e ficamos sensíveis a isso”, revelou José Horta, apesar de considerar que continua a ser um orçamento “insuficiente, pouco dinâmico, sem estratégia e sem foco”.

“Queremos fazer parte da solução e não do problema” concluiu o eleito do CDS/PSD/IL.

Miguel Fiadeiro afirmou que a posição da CDU continua a ser de abstenção porque a “questão essencial com que se têm debatido” (mapa de pessoal, atendimento semanal na zona alta da cidade e reforço dos apoios sociais), continua a não estar expressa. Ainda assim, a CDU continuará sempre a “manter a sua atitude construtiva e fiscalizadora”, assegura.

Carlos Martins, presidente desta união de freguesias, explica que adotou uma “atitude humilde para corrigir o que não estava bem”, enaltecendo a postura “responsável” da coligação “Juntos fazemos melhor” e da CDU, visto que têm um interesse comum, de “contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos fregueses”.