A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã vai tentar apoio do Plano de Recuperação e Resiliência, PRR, para transformar o antigo Hospital da Covilhã em lar, com capacidade para 74 camas.
O projeto desta nova Estrutura Residencial Para Idosos, ERPI, foi candidato a apoio do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, PARES, mas não foi contemplado com apoio, uma situação que o provedor da instituição “lamenta”.
Explica que o projeto estava “numa fase bastante amadurecida, pronto a levantar a licença” e ainda assim não obteve apoio. “Ficámos tristes e a própria cidade ficou”, refere o responsável, destacando que nenhum projeto da Covilhã foi aprovado.
Neto Freire frisa que “se as premissas iniciais” do concurso não tivessem sido “alteradas” a Santa Casa tinha conseguido este apoio, e teria mesmo ficado em “primeiro lugar”, defende.
Contas feitas, avança ainda Neto Freire, “criar 74 camas, num edifício novo custam cerca de 4,5 milhões de euros” e a Misericórdia da Covilhã estava a pedir para esse efeito “1,2 milhões”.
Uma situação que se justifica porque “40% da obra está feita”, avança Neto Freire. “Não precisamos de fazer cozinha, lavandaria, arranjos exteriores e nem casa das máquinas”, porque o edifício que já existe e tem essas valências, o que significa que este seria, provavelmente, “o projeto mais barato que foi apresentado”, defende.
Neto Freire lamenta o chumbo, até porque “foi dito que a intenção do Governo era fazer o maior número de camas com o menor dinheiro possível”, disse.
Até 22 de fevereiro a Misericórdia vai apresentar candidatura ao PRR para este efeito, frisando que se trata de “uma obra que irá dar sustentabilidade” à instituição, porque irá aproveitar as estruturas já existentes.