Os vereadores da oposição na Câmara Municipal da Covilhã falam em “falta de empenho da autarquia” ao efetuar a candidatura a apoios para a modernização dos Parques Industriais do concelho, o que levou a que esta não passasse da 1ª fase.
A autarquia explica que para esta candidatura em específico, os parques do concelho não preenchiam os requisitos do concurso, e que, por isso, a Câmara Municipal não seguiu com a sua intenção de candidatura.
O assunto esteve em discussão durante a reunião privada da Câmara Municipal da Covilhã, e o vereador Jorge Simões (CDS/PSD/IL), na conferência de imprensa depois da reunião, vinca que, sendo a candidatura específica para estes territórios, se questiona o porquê de a Covilhã “não passar à segunda fase, não cumprindo os critérios de elegibilidade”, quando na região centro, “um total de 18 municípios passaram”, disse.
O vereador frisa que a explicação dada pela autarquia “é uma desculpa de mau pagador”, afirmando que “não houve trabalho de casa” para passar a essa fase.
“A falta de capacidade de trabalho e de pessoas afetas às candidaturas é menos do que a que seria necessária”, afirmou, questionando o porquê de “o gabinete de comunicação e marketing ter 11 pessoas e o de candidaturas duas”.
A oposição criticou ainda a forma como os empresários foram contactados especificando que a auscultação não deveria ser feita por funcionários da autarquia.
Segundo explica a oposição, não se trata de exigir que as candidaturas tenham apoio, porque esse é um aspecto que não se pode controlar, mas que “pelo menos se faça o trabalho necessário” para que as candidaturas sejam “elegíveis”, o que não foi o caso.
Por parte da Câmara Municipal da Covilhã, falou com os jornalistas José Armando Serra dos Reis, que substituiu o presidente da Câmara durante a reunião. O autarca explica que, neste caso em especifico, os 5 itens em que assentava a candidatura já estão a ser trabalhados nos parques do concelho e que por isso “não se reunia os requisitos de elegibilidade da candidatura”.
“Fomos a jogo, como vamos sempre, mas não podemos passar com vitória em todos”, afirmou, vincando que a Covilhã é, na região centro, o concelho que tem mais candidaturas aprovadas, facto que é reconhecido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, CCDRC, frisou.
No caso específico explica que a candidatura tinha cinco parâmetros. Energias renováveis para as empresas, e foi nesse sentido que ouviram as empresas, concluindo que “muitas delas até já têm produção própria”.
O segundo eram “intervenções piloto para a criação de ilhas de qualidade energética”, e neste campo o concelho “não tem problemas de qualidade energética, há estabilidade”, frisou.
O aviso tinha também o objetivo de “instalar carregadores elétricos”, sendo que a autarquia “já tem a decorrer a concessão de instalação destes postos de carregamento”. Havia ainda o “reforço da cobertura da rede 5G”, projeto que “está também em execução, fazendo parte de um projeto da CIM BSE”.
“Haveria uma quinta possibilidade, para projetos para a segurança e proteção de instalações comerciais e industrias, algo em que já estamos a trabalhar no âmbito da proteção civil municipal”, frisou ainda o autarca.
José Armando Serra dos Reis destaca que autarquia apresentou candidatura, mas dados os requisitos não seria possível seguir para a segunda fase.