Foi ontem inaugurado, na presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o polo da Covilhã da tecnológica Noesis, no Parkurbis, Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã.
O polo irá funcionar em estreita ligação com o da Guarda e para já, entre as duas localizações, tem 10 funcionários, prevendo-se que que até final do ano tenha aos seu serviço 40. Em Portugal a empresa está presente em Lisboa, Porto, Coimbra, Proença-a-Nova, Guarda e agora também na Covilhã.
Tem representação em 6 países e mais de 25 anos de experiência. É consultora de inovação tecnológica, ajudando as empresas a acelerar para a transformação digital, explicou o CEO Alexandre Rosa na sua intervenção na cerimónia inaugural.
Sobre a decisão de se instalar na Covilhã o responsável afirma que esta foi uma decisão rápida, tomada após a primeira reunião com a Câmara da Covilhã e UBI, ao “constatar o acolhimento, a simplicidade e conhecimento” que aqui encontrou.
A empresa, diz ainda o CEO, tem para o futuro desafios “ambiciosos”, nomeadamente, “contratar 40 pessoas até final do ano, ser um empregador de referência, estreitar laços com a UBI, fixar pessoas e ajudar a desenvolver a região, disse.
O responsável pelo marketing da empresa, Ricardo Rocha, disse ainda aos jornalistas que os postos de trabalho a criar serão “altamente especializados” muito provavelmente recrutados na UBI e Instituto Politécnico da Guarda, explicando que o crescimento da empresa depende “dos recursos humanos que consiga contratar”.
Explica que este é uma área de “pleno emprego, em que a busca pelo talento é o grande desafio das organizações”.
Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, na sua intervenção na cerimónia, desejou que o “objetivo dos 40 trabalhadores se concretize”, vincando que são circunstâncias como esta que “validam e reconhecem a governança municipal e as ótimas condições existentes na Covilhã e na região”.
“Os Municípios da Cova da Beira podem, cada vez mais, potenciar sinergias para fixar empresas como estas no território”, disse.
O autarca frisa ainda que neste contexto são precisas pessoas e o grande desafio “é reter população e o talento dos jovens formados na nossa universidade”, disse.
Mário Raposo, reitor da UBI apresentou as qualidades da academia que dirige, sustentando que “esta é uma das razões para a fixação de empresas de referência nesta área”, dando o exemplo da Noesis.
O reitor destacou ainda a capacidade que a universidade tem para se “adaptar em todas as áreas, formando profissionais altamente especializados”.
Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, fez de verdadeira embaixadora da região, vincando as qualidades das gentes e do território, com especial enfoque para a qualidade de vida que aqui se tem. “Só nos faltam pessoas”, frisa. “A vinda da Noesis vem comprovar o imenso valor destes territórios”, sustentou.
A governante considerou este é um “dia de ânimo” em que, simbolicamente, “são acolhidos jovens trabalhadores”, e com a perspetiva de que a estes se juntem mais, afirmando que tal coloca “um bom problema” ao Parkurbis, alertando a presidente da CCDRC, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, para “a necessidade de expansão” do Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã no próximo quadro comunitário de apoio.
Ao reitor da UBI pede “mais licenciados nestas áreas”, para colmatar as necessidades da região e do país, afirmando que “em contrapartida o Governo terá que assegurar o nível adequado de financiamento”, disse.
Ana Abrunhosa deu o exemplo da Noesis, para afirmar que “a tendência de empresas terem centros de competência no interior, é sinónimo de desenvolvimento no país”, explicando que tal “acontece noutros há muito”. “As grandes empresas têm centros de decisões fora dos grandes centros urbanos”, o que ajuda a esbater as diferenças entre o urbano e o rural, explicou. “O trabalho qualificado é possível em todos os territórios”, disse.