Francisco Mota foi reeleito presidente do Oriental de S. Martinho, cargo que exerce ininterruptamente desde 2016. A lista eleita tem apenas uma alteração em relação aos órgãos eleitos há 2 anos. As eleições no clube decorreram ontem à noite, na reunião da assembleia geral.
Na sua intervenção, após a eleição, agradeceu o voto de confiança dos sócios depois de dois anos muito difíceis, afirmando que este será o seu “último mandato” porque não concorda com mandatos longos.
Já em declarações aos jornalistas, Mota recorda que “já antes da pandemia tinha mostrado esta vontade”, mas considerou que não era agora “o momento de o fazer”, porque se está a recuperar dos momentos difíceis da pandemia. Assegura que este “é o último mandato”, e vinca que “durante os próximos dois anos, vai sensibilizar os sócios para assegurar a continuidade”.
Destaca que o Oriental “nunca passou grandes crises diretivas e que tal não vai acontecer agora”.
Antes das eleições os associados aprovaram, por unanimidade, as contas do exercício de 2021 que fecharam com um resultado líquido positivo de mais de 3 mil euros.
“É preciso uma gestão muito rigorosa. Nós tivemos neste ano um grande aumento de receitas porque há muita gente, muitos jovens a frequentar a sede, que usam muito os bilhares e matraquilhos. Ainda assim o dinheiro é gerido com pinças, porque não podemos, nem queremos, parar as atividades porque é para isso que o clube existe. O que interessa ter dinheiro no banco e não fazer atividades? Temos a felicidade de ter um clube muito bem localizado na cidade, muito frequentado e isso origina receitas que temos que usar para as nossas atividades”, destacou o dirigente, quando questionado, no final pelos jornalistas.
Quanto a projetos para os próximos dois anos passam pela criação de escolas de formação nas modalidades que já se praticam no clube, explicou.
No andebol, recorda, há já 100 crianças a praticar nas escolas do concelho, e quer replicar este conceito também no ténis de mesa e xadrez, por exemplo.
No ténis de mesa, tal como acontece com o andebol, há atletas da AAUBI que treinam no clube e pretende-se aproveitar esta sinergia para criar uma escola de formação. Já há um protocolo com o Conservatório onde está instalada uma mesa e pretende-se alargar.
Francisco Mota vinca que, contrariamente ao que se pensou quando chegou ao Oriental, que a grande aposta seria na cultura, dada a sua aptidão para essa área, chega a esta altura da sua gestão e o clube está “pujante” em modalidades desportivas, como o andebol, ténis de mesa, boxe e xadrez.
A atividade cultural também é para continuar, sendo que o clube está focado em preparar as marchas populares e um novo musical a apresentar ainda este ano, disse ainda Francisco Mota.
A tomada de posse dos novos órgãos sociais está marcada para segunda-feira, às 21:00 na sede social do clube.