Festival Y#18 inicia-se dia 13 de abril com “novo fôlego”

O Festival Y#18 – Festival de Artes Performativas, organizado pela Quarta Parede que celebra em este ano o seu 20º aniversário, inicia-se no próximo dia 13 de abril e estende-se até dia 17 de junho.

Uma das novidades tem a ver com a direção artística deste Festival que será partilhada entre Sílvia Pinto Ferreira e Rui Sena, algo que a Quarta Parede já vinha a preparar desde edições anteriores, e que dará um “novo fôlego” a esta e às próximas edições.


Durante estes dias, o evento estará presente nas cidades da Covilhã e Castelo Branco, com uma programação “transdisciplinar que nos indaga e confronta com questões iminentes do mundo de hoje e, em simultâneo, nos propõe outras dimensões de existência possíveis”, explicou Sílvia Pinto Ferreira na apresentação do certame, esta terça-feira.

A diretora artística destacou a “irreverência”, palavra-chave desta edição onde o festival atinge 18 edições e ganha “maturidade”, no sentido em que, a cada ano, a organização “reflete para aproximar o festival dos públicos reais”.

Surge este ano o Y Públicos, uma iniciativa gratuita que, assim como o nome indica, pretende envolver o público nas artes contemporâneas.

Assim, a organização propõe a atividade “Comunidade de Espetadores” que consiste em encontros informais entre o público e artistas para partilha de sentidos após os espetáculos. “Uma oportunidade para conhecer mais a fundo os artistas e os seus processos criativos”, vinca Sílvia Pinto Ferreira.

Estes encontros decorrerão após o espetáculo “Fogo Lento”, de Costanza Givone, no dia 28 de abril; “Coexistimos” de Inês Campos, no dia 4 de maio e do Espetáculo LabSénior, no dia 14 de julho.

O LabSénior é um projeto de experimentação, pesquisa e criação artística para adultos seniores que a Quarta Parede desenvolve desde 2018.

A tradição oral da Cova da Beira e dimensões relacionadas com as faculdades e processos da memória são o ponto de partida para a criação de um espetáculo a apresentar no dia 14 de julho no Teatro Municipal da Covilhã.

A vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã, Regina Gouveia, destaca esta iniciativa que tem uma “dimensão muito interessante”, uma vez que estes idosos “não tiveram acesso à cultura e à arte como nós temos hoje em dia e têm agora esta oportunidade”.

Para a vereadora o Festival Y traz “linguagens contemporâneas, cruza abordagens e é muito importante para abrir território a novas perspetivas culturais”.

“The Ever Coming – Cosmophonia” de Dada Garbeck é o espetáculo de música que inaugura o festival e apresenta-se dia 13 de abril, no TMC. Dia 28 de abril é a vez de “Fogo Lento” de Costanza Givone, no Teatro das Beiras, um espetáculo de teatro e performance.

“Coexistimos” de Inês Campos é o espetáculo de dança, teatro e manipulação de objetos que sobe ao palco do Teatro das Beiras no dia 4 de maio, seguindo-se “Dança Sem Vergonha”, espetáculo de dança de David Marques no TMC, dia 25 de maio.

No mês de junho, Denis Santacana, integrado no projeto “Do outro lado” com La Fundición Bilbao, apresenta Encuentros, um espetáculo de dança, no dia 3, no Teatro das Beiras. O Festival encerra com “Turma de 95” de Raquel Castro que tem lugar no dia 15 no TMC e no dia 17 na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco.

Todos os espetáculos estão marcados para as 21:30h.

No TMC e no Teatro das Beiras, o bilhete geral tem o custo de 6€, sendo que para menores de 25, maiores de 65, estudantes, profissionais do espetáculo, trabalhadores ADC e sócios INATEL custa 3€.

Na Fábrica da Criatividade o valor do bilhete geral é de 5€.